Mercados

Fatores técnicos e dólar impulsionam juros futuros

Ao fim da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 (9.905 contratos) tinha taxa de 10,81%


	Bovespa: disparada do dólar na reta final dos negócio ajudou a impulsionar taxas
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: disparada do dólar na reta final dos negócio ajudou a impulsionar taxas (BM&FBovespa/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2014 às 17h33.

São Paulo - Os juros futuros terminaram em alta nesta quinta-feira, 21, impulsionados por fatores técnicos, como o aumento da taxa do CDI para 10,84% hoje, de 10,81% nos últimos dias até ontem, e o leilão de títulos prefixados realizado pelo Tesouro Nacional nesta manhã.

Além disso, a disparada do dólar na reta final dos negócio, depois de passar boa parte do dia no território negativo, ajudou a impulsionar as taxas.

Ao fim da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 (9.905 contratos) tinha taxa de 10,81%, ante 10,79% no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2016 (155.645 contratos) estava em 11,32%, de 11,26% no ajuste da véspera.

O DI para janeiro de 2017 (293.230 contratos) projetava 11,52%, de 11,42%. E o DI para janeiro de 2021 (105.295 contratos) apontava 11,75%, ante 11,61%.

Hoje, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou a criação de 11.796 vagas em julho, acima da mediana das previsões dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de 6.051 postos de trabalho.

Além disso, participantes também falaram sobre as incertezas fiscais.

Conforme o Broadcast apurou, o Banco Central avalia incorporar às estatísticas das contas da União os créditos carregados pelos bancos públicos e privados em operações financiadas com recursos do Tesouro Nacional.

É a falta de registro destas operações que tem permitido ao Tesouro fazer as chamadas "pedaladas de despesas", práticas de atrasos nos pagamentos aos bancos (públicos e privados) de recursos obrigatórios para bancar programas sociais, o que têm ajudado a melhorar artificialmente, em determinados meses, o resultado das contas públicas.

Nesse cenário, os DIs ignoraram o recuo nos yields dos Treasuries, que hoje devolveram parte dos ganhos motivados ontem pela ata mais dura do Federal Reserve.

A expectativa é que a presidente do BC norte-americano, Janet Yellen, use seu discurso no tradicional simpósio de Jackson Hole, amanhã, para "temperar" as expectativas dos mercados.

Por volta das 16h30, o yield da T-note de 10 anos estava em 2,405%, de 2,429% no fim da tarde de ontem.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasJurosservicos-financeirosTaxas

Mais de Mercados

Realização de lucros? Buffett vende R$ 8 bilhões em ações do Bank of America

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Mais na Exame