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Fala de Mantega puxa juros futuros para o alto

Segundo Mantega, a taxa Selic - e não o câmbio - é o principal instrumento de controle da inflação

Bovespa: as afirmações de Mantega trazem pressão para um avanço dos juros futuros, e também dos negócios com dólar, neste início da sessão (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2013 às 08h58.

São Paulo - O mercado futuro de juros repercute nesta sexta-feira declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre juros e câmbio em Moscou, além da inflação medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) em fevereiro.

Segundo Mantega, a taxa Selic - e não o câmbio - é o principal instrumento de controle da inflação. As afirmações trazem pressão para um avanço dos juros futuros, e também dos negócios com dólar, neste início da sessão.

Porém, o indicador de preços mais fraco neste mês em relação a janeiro, conforme divulgado nesta manhã pela Fundação Getulio Vargas (FGV), favorece leve queda das taxas futuras.

Mantega afirmou nesta sexta-feira que o Banco Central tem de estar "vigilante" e tomar "as devidas providências" na hipótese de a inflação oficial não desacelerar "espontaneamente".

O ministro observou ainda que o "sinal de alerta" do governo acende sempre que a inflação supera os 4,5% (centro da meta).

Perguntado sobre se os juros iriam subir em razão da alta de preços registrada em janeiro, o ministro respondeu que essa é uma questão que tem de ser endereçada ao Banco Central.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 0,86% em janeiro, o maior patamar para o mês desde 2003. Em 12 meses até janeiro, a taxa acumulada é de 6,15%.


Mantega também ressaltou que o governo não tem uma meta para a cotação do real em relação ao dólar, mas reconheceu que o nível atual é mais "equilibrado". Segundo o ministro, a valorização da moeda local registrada nos últimos dias, que levou o dólar a R$ 1,956, não é uma resposta à alta da inflação e decorre de movimentos normais do mercado.

As declarações ocorrem em momento em que a inflação pressionada tem levado agentes de mercado financeiro a testar o piso do dólar que o governo estaria disposto a aceitar para conter a alta dos níveis de preços.

Na quinta-feira (14), a moeda norte-americana à vista fechou em baixa de 0,36% ante o real no balcão, cotado a R$ 1,9590 - o menor patamar de fechamento desde 11 de maio de 2012.

Mais cedo, o IGP-10 confirmou as expectativas de desaceleração e encerrou fevereiro em 0,29%, após uma taxa de 0,42% em janeiro. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas, que iam de 0,21% a 0,45%, mas abaixo da mediana prevista, de 0,36%, conforme levantamento do AE Projeções.

Os preços dos produtos agrícolas atacadistas caíram 1,73% em fevereiro, depois de uma alta de 0,35% apurada em janeiro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

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São Paulo - O mercado futuro de juros repercute nesta sexta-feira declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre juros e câmbio em Moscou, além da inflação medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) em fevereiro.

Segundo Mantega, a taxa Selic - e não o câmbio - é o principal instrumento de controle da inflação. As afirmações trazem pressão para um avanço dos juros futuros, e também dos negócios com dólar, neste início da sessão.

Porém, o indicador de preços mais fraco neste mês em relação a janeiro, conforme divulgado nesta manhã pela Fundação Getulio Vargas (FGV), favorece leve queda das taxas futuras.

Mantega afirmou nesta sexta-feira que o Banco Central tem de estar "vigilante" e tomar "as devidas providências" na hipótese de a inflação oficial não desacelerar "espontaneamente".

O ministro observou ainda que o "sinal de alerta" do governo acende sempre que a inflação supera os 4,5% (centro da meta).

Perguntado sobre se os juros iriam subir em razão da alta de preços registrada em janeiro, o ministro respondeu que essa é uma questão que tem de ser endereçada ao Banco Central.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 0,86% em janeiro, o maior patamar para o mês desde 2003. Em 12 meses até janeiro, a taxa acumulada é de 6,15%.


Mantega também ressaltou que o governo não tem uma meta para a cotação do real em relação ao dólar, mas reconheceu que o nível atual é mais "equilibrado". Segundo o ministro, a valorização da moeda local registrada nos últimos dias, que levou o dólar a R$ 1,956, não é uma resposta à alta da inflação e decorre de movimentos normais do mercado.

As declarações ocorrem em momento em que a inflação pressionada tem levado agentes de mercado financeiro a testar o piso do dólar que o governo estaria disposto a aceitar para conter a alta dos níveis de preços.

Na quinta-feira (14), a moeda norte-americana à vista fechou em baixa de 0,36% ante o real no balcão, cotado a R$ 1,9590 - o menor patamar de fechamento desde 11 de maio de 2012.

Mais cedo, o IGP-10 confirmou as expectativas de desaceleração e encerrou fevereiro em 0,29%, após uma taxa de 0,42% em janeiro. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas, que iam de 0,21% a 0,45%, mas abaixo da mediana prevista, de 0,36%, conforme levantamento do AE Projeções.

Os preços dos produtos agrícolas atacadistas caíram 1,73% em fevereiro, depois de uma alta de 0,35% apurada em janeiro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

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