Mercados

Facebook tem segunda maior estreia em bolsas dos EUA

Ao fim do dia, a ação da empresa terminou em alta de 0,97%, após chegar a subir 12% ao longo da sessão (42,00 dólares)

O diretor-executivo e cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg, de 28 anos, acionou a campainha de abertura da bolsa (©AFP / Emmanuel Dunand)

O diretor-executivo e cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg, de 28 anos, acionou a campainha de abertura da bolsa (©AFP / Emmanuel Dunand)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2012 às 18h24.

Nova York - Precedida de uma verdadeira febre midiática, a entrada em bolsa da maior rede social do mundo, Facebook, se converteu na segunda maior operação deste tipo na história do mercado acionário americano, com a forte demanda se refletindo em uma grande oscilação para o papel durante sua primeira sessão de negócios.

Ao fim do dia, a ação da empresa terminou em alta de 0,97%, após chegar a subir 12% ao longo da sessão (42,00 dólares).

O jovem diretor-executivo e cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg, de 28 anos, acionou a campainha de abertura da bolsa eletrônica americana Nasdaq à distância, da Califórnia, às 13H30 GMT (10H30 de Brasília) nesta sexta-feira, marcando a entrada de sua empresa no mercado acionário.

Em Nova York, uma enorme bandeira azul, cor tradicional do Facebook, foi colocada no edifício da Nasdaq em plena Times Square, com algumas palavras professadas por Zuckerberg: "Por um mundo mais aberto e conectado", e sua assinatura.

Mais de 421 milhões de ações do Facebook foram postas no mercado, a 38 dólares, gerando um valor de mercado 104 bilhões de dólares. Para efeito de comparação, o Google passou a valer 23 bilhões de dólares em sua estreia na bolsa, em 2004, mesmo ano em que o Facebook nasceu como um projeto em um dormitório estudantil da Universidade de Harvard.

A captação do Facebook foi de 16,02 bilhões de dólares, a segunda maior a história do mercado acionário norte-americano.

Para Gerard Hoberg, economista da Universidade de Maryland, alguns compradores estão entusiasmados e outros, principalmente os profissionais da bolsa, demonstram certo ceticismo.


"Os profissionais em contato direto com as cifras por trás do Facebook têm mais dúvidas e isso está esfriando essa euforia", disse Hoberg.

Alguns analistas são cautelosos quanto à valorização da empresa, uma vez que sua capitalização esperada em bolsa representa mais de 60 vezes o lucro esperado para este ano e 40 vezes mais que o esperado para 2013.

Em média, as ações do Nasdaq e da Bolsa de Nova York - onde serão negociadas as ações do Facebook sobre o símbolo FB - têm uma valorização que representa cerca de 20 vezes o lucro da empresa. O coeficiente de capitalização dos resultados do Google - competidor direto do Facebook - é de 18,5.

Além disso, a explosão do uso da internet móvel é um desafio para a mais nova empresa em bolsa, que deve tentar ampliar seus ganhos através de sua presença nas pequenas telas dos telefones móveis e tablets.

O Facebook, que gera a maior parte de seu capital através da publicidade, afirma que mais da metade - 488 milhões - de seus 901 milhões de usuários acessam seus serviços através de um telefone móvel ou um tablet. Destes, 83 milhões utilizam apenas dispositivos móveis no lugar de computadores.

Apesar de 82% da renda vir de anúncios publicitários, o Facebook reconhece que a participação dos aparelhos móveis nesse ganho ainda é pequena.

No IPO, Zuckerberg só vendeu as ações que lhe permitissem pagar seus impostos, ou seja, 1,150 bilhão de dólares em títulos, conservando sua participação de 18,4% na companhia e de 55,8% do direito de voto.

Medido em ações ordinárias (ao público), é a segunda maior entrada em bolsa de uma empresa americana. Em 2008, a empresa Visa arrecadou 17,9 bilhões de dólares em sua entrada no mercado.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaFacebookInternetIPOsMercado financeiroNasdaqRedes sociais

Mais de Mercados

Por que a China domina o mercado de carros elétricos? 'Padrinho dos EVs' explica o motivo

Japão evita dar pistas sobre aumento dos juros e vai acompanhar os riscos à economia

Ibovespa ganha fôlego com bancos e Vale e alcança os 121 mil pontos

5 ações para ficar de olho no mercado dos EUA em 2025; veja a lista