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Exterior volta a pesar e Bolsa desce aos 69 mil pontos

Por Sueli Campo São Paulo - As mesmas preocupações da última sexta-feira voltaram a comprimir os negócios no mercado de ações nesta volta do final de semana prolongado no Brasil. O medo de que a China aumente os juros para pôr panos frios na inflação desencadeou uma nova onda de aversão ao risco, com a […]

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2010 às 17h44.

Por Sueli Campo

São Paulo - As mesmas preocupações da última sexta-feira voltaram a comprimir os negócios no mercado de ações nesta volta do final de semana prolongado no Brasil. O medo de que a China aumente os juros para pôr panos frios na inflação desencadeou uma nova onda de aversão ao risco, com a consequente venda de commodities e de ações ao redor do mundo. O pessimismo hoje se agravou também devido às renovadas preocupações com a dívida soberana de alguns países da Europa, em particular Irlanda e Itália, que estão sendo pressionados a aceitar um pacote de resgate a fim de evitar que a crise contagie outras economias da região.

Tendo como protagonistas novamente as empresas exportadoras de matérias-primas (commodities), o índice Bovespa fechou em queda de 1,67%, aos 69.192,41 pontos, depois de ter descido ao nível dos 68 mil pontos nas mínimas do dia (queda de até 2,42%). O volume negociado cresceu para R$ 9,8 bilhões, inflado pelo vencimento mensal de opções sobre ações, que movimentou R$ 2,854 bilhões.

Com o fim do exercício de opções, os investidores ampliaram as vendas das blue chips Vale e Petrobras, tendo como referência a forte liquidação das commodities metálicas. O contrato de cobre para dezembro em Nova York caiu 5,03% e o do ouro, -2,20%. O petróleo negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) cedeu 2,97%, cotado a US$ 82,34 o barril. Mas no fechamentos os papéis líderes conseguiram diminuir as perdas, o que permitiu ao Ibovespa salvar a marca dos 69 mil pontos. Ainda assim, o dia foi bem negativo para Petrobras PN afundou 1,74% e Petrobras ON, -1,96%. Vale seguiu pelo mesmo caminho. A PNA recuou 1,75% e a ON, -2,02%.

O setor de siderurgia também sentiu o baque. Gerdau PN tombou 4,47%; Usiminas PNA -3,52% e CSN ON, -2,56%.

A queda no mercado doméstico foi um pouco mais intensa do que a verificada em Nova York, onde o índice Dow Jones cedia 1,77% e o S&P recuava 1,86% às 18h30. Na Europa, a perda em Londres e em Paris superou 2% diante dos receios sobre a economia chinesa e das incertezas sobre se a Irlanda aceitará ou não um pacote de resgate internacional. Mas o primeiro-ministro da Irlanda, Brian Cowen, reiterou hoje que o país não pediu ajuda financeira, porém reconheceu que está sob pressão na Europa e afirmou que "algumas pessoas" gostariam que o país pedisse ajuda financeira no exterior.

A Bolsa de Xangai desabou quase 4%, depois de ter despencado 5,2% sexta-feira, repercutindo também a decisão do banco central da Coreia do Sul de elevar os juros em 0,25 ponto porcentual, para 2,5% ao ano, o que reforçou ainda mais o temor de aperto monetário na China.

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