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Europa segue pressionando mercados; S&P eleva Brasil

Incertezas da crise da dívida na zona do Euro impactam bolsas mundiais; no Brasil, estresse é aliviado pela elevação do rating soberano do país em um degrau

O BC também informou que o fluxo cambial ficou positivo em 1,3 bilhão de dólares na semana passada (Luiz Iria/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2011 às 18h09.

São Paulo- As bolsas de valores globais tiveram mais um dia negativo nesta quinta-feira, ainda pressionadas pelas incertezas com relação à crise de dívida na zona do euro. A Espanha também acabou entrando no rol de países cujos custos de financiamento ameaçam alcançar níveis insustentáveis.

Na contramão, a agência de classificação risco Standard and Poor's anunciou antes do fechamento dos mercados a elevação do rating soberano do Brasil em um degrau, para "BBB", ante "BBB-", citando que o governo tem demonstrado compromisso de cumprir as metas fiscais. Em nota, o Ministério da Fazenda informou que é um reconhecimento de que a política econômica encontra-se na direção correta e de que são sólidos os fundamentos macroeconômicos do país.

Para analistas, a decisão não é exatamente uma surpresa, mas é importante, principalmente devido ao momento de estresse que os mercados financeiros vivem atualmente. No fronte externo, o governo espanhol vendeu 3,6 bilhões de euros em notas de dez anos, a um rendimento médio de 6,975 por cento, o maior desde 1997, ainda nos tempos da peseta, e perto do patamar de 7 por cento, que obrigou Grécia, Irlanda e Portugal a pedirem resgate financeiro.

A França também realizou um leilão de dívida pública, com alta nas taxas dos papéis de dois e quatro anos. Investidores temem que a segunda maior economia da zona do euro passe a integrar o centro da crise de dívida e perca seu rating máximo "AAA".


A promessa do novo premiê italiano, Mario Monti, de implementar mais reformas econômicas chegou a ajudar os mercados mais cedo, mas o alívio foi apenas temporário, em meio à falta de uma resolução clara para a crise.

A escalada da crise de dívida na zona do euro já teve impacto sobre a economia brasileira, conforme mostrou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado nesta quinta-feira. O índice -considerado um sinalizador da atividade econômica- caiu 0,32 por cento no terceiro trimestre deste ano na comparação com o período imediatamente anterior.

Em setembro, o índice teve variação positiva de 0,02 por cento.

O BC também informou que o fluxo cambial ficou positivo em 1,3 bilhão de dólares na semana passada, com o superávit no mês somando 1,264 bilhão de dólares. O dólar fechou em alta ante o real, reagindo à aversão a risco externa, num dia de expressiva queda nas bolsas de valores em Nova York. A Bovespa acompanhou Wall Street e tombou quase 3 por cento, pressionada pelas blue chips, que seguiram a forte baixa nos preços das matérias-primas <.CRB>.

A debilidade nos mercados internacionais amparou nova queda nos contratos de juros futuros, especialmente nos da parte longa da curva, mais sensíveis às perspectivas para a economia globais.

Em âmbito interno, investidores vão conhecer na sexta-feira os dados da arrecadação federal de outubro. A segunda prévia de novembro da inflação em São Paulo e a leitura de novembro do Índice Geral de Preços-10 também estão na pauta.


Nos Estados Unidos, o mercado aguarda a divulgação do índice de indicadores antecedentes de outubro, enquanto na Alemanha o destaque é o índice de preços no atacado referente ao mês passado.

Veja o fechamento dos principais mercados nesta quinta-feira:

Câmbio - O dólar terminou a 1,7802 real, em alta de 0,76 por cento frente ao fechamento anterior.

Bovespa - O Ibovespa caiu 2,68 por cento, para 56.988 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 6,92 bilhões de reais.

ADRs brasileiros - Às 18h42, o índice dos principais ADRs brasileiros cedia 2,78 por cento, a 29.252 pontos.

Juros - No call das 16h, o DI janeiro de 2013 apontava 9,930 por cento ao ano, ante 9,940 por cento no ajuste anterior.

Euro - A moeda comum europeia era cotada a 1,3463 dólar, ante 1,3462 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

Global - 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía a 131,250 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,233 por cento ao ano.

Risco-país - O risco Brasil subia 7 pontos, para 231 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 9 pontos, a 373 pontos-básicos.


Bolsas dos Eua - O índice Dow Jones recuava 1,76 por cento, a 11.696 pontos; o S&P 500 tinha queda de 2,21 por cento, a 1.209 pontos, e o Nasdaq perdia 2,30 por cento, a 2.578 pontos.

Petróleo -  Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo fechou em queda de 3,77 dólares, ou 3,67 por cento, a 98,82 dólares por barril.

Treasuries de 10 anos - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 1,9550 por cento ante 2,0000 por cento no fechamento anterior.

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São Paulo- As bolsas de valores globais tiveram mais um dia negativo nesta quinta-feira, ainda pressionadas pelas incertezas com relação à crise de dívida na zona do euro. A Espanha também acabou entrando no rol de países cujos custos de financiamento ameaçam alcançar níveis insustentáveis.

Na contramão, a agência de classificação risco Standard and Poor's anunciou antes do fechamento dos mercados a elevação do rating soberano do Brasil em um degrau, para "BBB", ante "BBB-", citando que o governo tem demonstrado compromisso de cumprir as metas fiscais. Em nota, o Ministério da Fazenda informou que é um reconhecimento de que a política econômica encontra-se na direção correta e de que são sólidos os fundamentos macroeconômicos do país.

Para analistas, a decisão não é exatamente uma surpresa, mas é importante, principalmente devido ao momento de estresse que os mercados financeiros vivem atualmente. No fronte externo, o governo espanhol vendeu 3,6 bilhões de euros em notas de dez anos, a um rendimento médio de 6,975 por cento, o maior desde 1997, ainda nos tempos da peseta, e perto do patamar de 7 por cento, que obrigou Grécia, Irlanda e Portugal a pedirem resgate financeiro.

A França também realizou um leilão de dívida pública, com alta nas taxas dos papéis de dois e quatro anos. Investidores temem que a segunda maior economia da zona do euro passe a integrar o centro da crise de dívida e perca seu rating máximo "AAA".


A promessa do novo premiê italiano, Mario Monti, de implementar mais reformas econômicas chegou a ajudar os mercados mais cedo, mas o alívio foi apenas temporário, em meio à falta de uma resolução clara para a crise.

A escalada da crise de dívida na zona do euro já teve impacto sobre a economia brasileira, conforme mostrou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado nesta quinta-feira. O índice -considerado um sinalizador da atividade econômica- caiu 0,32 por cento no terceiro trimestre deste ano na comparação com o período imediatamente anterior.

Em setembro, o índice teve variação positiva de 0,02 por cento.

O BC também informou que o fluxo cambial ficou positivo em 1,3 bilhão de dólares na semana passada, com o superávit no mês somando 1,264 bilhão de dólares. O dólar fechou em alta ante o real, reagindo à aversão a risco externa, num dia de expressiva queda nas bolsas de valores em Nova York. A Bovespa acompanhou Wall Street e tombou quase 3 por cento, pressionada pelas blue chips, que seguiram a forte baixa nos preços das matérias-primas <.CRB>.

A debilidade nos mercados internacionais amparou nova queda nos contratos de juros futuros, especialmente nos da parte longa da curva, mais sensíveis às perspectivas para a economia globais.

Em âmbito interno, investidores vão conhecer na sexta-feira os dados da arrecadação federal de outubro. A segunda prévia de novembro da inflação em São Paulo e a leitura de novembro do Índice Geral de Preços-10 também estão na pauta.


Nos Estados Unidos, o mercado aguarda a divulgação do índice de indicadores antecedentes de outubro, enquanto na Alemanha o destaque é o índice de preços no atacado referente ao mês passado.

Veja o fechamento dos principais mercados nesta quinta-feira:

Câmbio - O dólar terminou a 1,7802 real, em alta de 0,76 por cento frente ao fechamento anterior.

Bovespa - O Ibovespa caiu 2,68 por cento, para 56.988 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 6,92 bilhões de reais.

ADRs brasileiros - Às 18h42, o índice dos principais ADRs brasileiros cedia 2,78 por cento, a 29.252 pontos.

Juros - No call das 16h, o DI janeiro de 2013 apontava 9,930 por cento ao ano, ante 9,940 por cento no ajuste anterior.

Euro - A moeda comum europeia era cotada a 1,3463 dólar, ante 1,3462 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

Global - 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía a 131,250 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,233 por cento ao ano.

Risco-país - O risco Brasil subia 7 pontos, para 231 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 9 pontos, a 373 pontos-básicos.


Bolsas dos Eua - O índice Dow Jones recuava 1,76 por cento, a 11.696 pontos; o S&P 500 tinha queda de 2,21 por cento, a 1.209 pontos, e o Nasdaq perdia 2,30 por cento, a 2.578 pontos.

Petróleo -  Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo fechou em queda de 3,77 dólares, ou 3,67 por cento, a 98,82 dólares por barril.

Treasuries de 10 anos - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 1,9550 por cento ante 2,0000 por cento no fechamento anterior.

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