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Euro sofre no exterior; dólar sobe e cola em R$1,70

No Brasil, o mercado aguarda para depois da reunião do G20 possíveis medidas contra valorização do real

 A moeda norte-americana avançou 1,13 por cento, para 1,699 real (Alex Wong/Getty Images)

A moeda norte-americana avançou 1,13 por cento, para 1,699 real (Alex Wong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2010 às 16h09.

São Paulo - O dólar subiu quase 1 por cento nesta segunda-feira, aproximando-se de 1,70 real com a volta das preocupações fiscais na zona do euro ao centro do debate no mercado global de câmbio.

A moeda norte-americana avançou 1,13 por cento, para 1,699 real. Enquanto o mercado local fechava, o dólar subia 0,5 por cento frente a uma cesta com as principais moedas e o euro caía 0,7 por cento, a 1,39 dólar.

"O mercado ficou um pouco cauteloso, com pouco volume também, e resolveu acompanhar de perto lá fora", disse José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença.

De acordo com profissionais de mercado no exterior, a confirmação do pacote de ajuda do Federal Reserve à economia dos Estados Unidos, na semana passada, abriu espaço para um ajuste, com os investidores voltando as atenções aos problemas fiscais em países da zona do euro, como Irlanda e Portugal.

"O fim de incertezas nos Estados Unidos permite que os acontecimentos na Europa tenham uma importância maior do que tiveram nas últimas semanas", escreveu Marc Chandler, estrategista da Brown Brothers Harriman, em relatório.

No Brasil, o mercado aguarda para depois da reunião do G20, no próximo fim da semana, possíveis medidas contra valorização do real. No encontro, que ocorrerá quinta e sexta-feira, as autoridades das principais economias do mundo tentarão resolver os desequilíbrios econômicos e cambiais no mundo.

Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial, defendeu nesta segunda-feira a criação de um sistema "Bretton Woods II" de moedas flutuantes, como substituto do atual modelo, com a presença de moedas como o dólar, o euro, o iene, a libra e o iuan, além da referência do preço do ouro.

Notícias sobre o futuro governo de Dilma Rousseff, como a possível saída de Henrique Meirelles do comando do Banco Central, tiveram pouca influência sobre a taxa de câmbio nesta segunda-feira, disseram operadores.

O volume de operações registradas na clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa era inferior a 2 bilhões de dólares até poucos minutos antes do fechamento do mercado à vista.

No mercado futuro e de cupom cambial (DDI), os investidores estrangeiros mantinham na sexta-feira mais de 15,4 bilhões de dólares em posições vendidas, segundo dados da BM&FBovespa.

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