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Euro atinge maior nível em 14 meses ante o dólar

O euro foi ajudado pela notícia de que o índice dos gerentes de compra industrial (PMI) da zona do euro subiu para 47,9 em janeiro, de 46,1 em dezembro


	Às 10h56 (de Brasília), o euro subia para US$ 1,3658, de US$ 1,3590 no fim da tarde de quinta-feira (31/01)
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Às 10h56 (de Brasília), o euro subia para US$ 1,3658, de US$ 1,3590 no fim da tarde de quinta-feira (31/01) (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Nova York - O euro avançou para seu maior nível em mais de 14 meses ante o dólar no mercado europeu nesta sexta-feira, com investidores e companhias estocando a moeda e impulsionando os volumes de negociação na expectativa pelos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos.

Segundo o Citigroup, o volume de negociação das 10 principais moedas estava 150% acima do normal nesta manhã, apesar da tendência histórica de cautela antes do relatório de emprego dos EUA. Somente para o euro ante o dólar, as negociações estavam 200% acima dos níveis médios, com o euro atingindo US$ 1,3675, maior nível desde 14 de novembro de 2011.

"Os investidores têm comprado o euro freneticamente nesta manhã após atingirmos ontem a alta de 2012 ante o dólar", disse Dag Mulhher, estrategista do SEB. "Se atingirmos US$ 1,38 no curto prazo acredito que os investidores começarão a realizar lucros e o euro cairá significativamente."

O euro foi ajudado pela notícia de que o índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) industrial da zona do euro subiu para 47,9 em janeiro, de 46,1 em dezembro, segundo dados publicados nesta sexta-feira no site da Markit. O resultado veio acima do esperado por analistas, que previam avanço do indicador a 47,5. Embora a leitura abaixo de 50 continue indicando contração da atividade, o dado foi o melhor em 11 meses.

Mas o anúncio do Banco Central Europeu (BCE) de que 27 bancos reembolsarão 3,48 bilhões de euros pelos empréstimos recebidos por meio da operação de refinanciamento de longo prazo (LTRO, na sigla em inglês) de três anos tem pressionado a moeda europeia. O número ficou abaixo dos US$ 20 bilhões previstos e representa apenas uma fração dos 137,16 bilhões de euros pagos na quarta-feira (30/01).


Outro foco desta sexta-feira foi o iene, que está estável após ter atingido o menor nível em relação ao dólar desde junho de 2010 no início da manhã. Seu fraco desempenho reflete a contínua expectativa dos investidores por um relaxamento monetário mais agressivo no Japão para apoiar a economia.

Além disso, as preocupações fiscais com os EUA estão reduzidas nesta manhã após o Senado do país ter aprovado na noite de ontem a suspensão, ainda que temporária, do teto da dívida, eliminando até 19 de maio o risco de um default norte-americano.

As atenções se voltam agora para o relatório sobre o mercado de trabalho dos EUA. O Federal Reserve já informou que não pretende alterar as taxas de juros até que a taxa de desemprego caia a 6,5%, dos atuais 7,8%. Economistas consultados pela Dow Jones preveem que a taxa permaneça inalterada no relatório desta sexta-feira.

Às 10h56 (de Brasília), o euro subia para US$ 1,3658, de US$ 1,3590 no fim da tarde de quinta-feira (31/01), enquanto o dólar avançava para 92,13 ienes, de 91,71 ienes. A libra esterlina estava em US$ 1,5843, de US$ 1,5862. O índice do dólar medido pelo Wall Street Journal estava em 70,638, de 70,634 na quinta-feira. As informações são da Dow Jones.

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