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EUA preocupam e Bovespa abre em queda

Neste segundo dia de paralisação do governo norte-americano, os investidores mostram maior apreensão com o impasse na questão fiscal


	Sede da Bovespa: às 10h05, o Ibovespa caía 0,09%, aos 53.132 pontos
 (Yasuyoshi/AFP Photo)

Sede da Bovespa: às 10h05, o Ibovespa caía 0,09%, aos 53.132 pontos (Yasuyoshi/AFP Photo)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 10h44.

São Paulo - Os dados mais fracos do que o esperado sobre o emprego no setor privado dos Estados Unidos definem uma abertura em queda da Bovespa nesta quarta-feira, 2, em linha com o sinal negativo que prevalece nos mercados internacionais.

Neste segundo dia de paralisação do governo norte-americano, os investidores mostram maior apreensão com o impasse na questão fiscal entre Congresso e Casa Branca e saem dos ativos de risco. Internamente, as atenções se voltam para o setor de telecomunicações, após a união entre Oi e Portugal Telecom. Às 10h05, o Ibovespa caía 0,09%, aos 53.132 pontos.

Era madrugada desta quarta-feira quando a Oi informou que combinará as atividades e negócios desenvolvidos pela empresa no Brasil e pela Portugal Telecom (PT) em Portugal e na África. Essa união das atividades e negócios formará uma empresa chamada CorpCo, que envolverá acionistas da Oi, da Portugal Telecom e da Telemar. Em reação, as ações da PT subiam cerca de 15% na Bolsa de Lisboa, conduzindo ganhos de mais de 2% do índice português PSI20.

Contudo, operadores consultados nesta quarta-feira não arriscam dizer qual deve ser o comportamento do papel da Oi listados na Bolsa brasileira na sessão de hoje. "Ainda tem questões, referentes ao aumento de capital, ao custo e à substituição das ações, que precisam ser esclarecidas", comenta um profissional. Ele lembra ainda que podem ser feitos ajustes devido às posições no mercado de aluguel de ações.

Seja como for, outro operador pondera que o peso do setor de telecomunicações como um todo no Ibovespa é muito pequeno para determinar a direção do índice à vista. Com isso, o radar dos negócios locais deve seguir direcionado ao exterior, onde os mercados exibem perdas moderadas.

Também às 10h05, o futuro do S&P 500 recuava 0,78%, após a pesquisa ADP mostrar a criação de 166 mil empregos no setor privado dos EUA, abaixo da geração de 178 mil novas vagas previstas. Além disso, a leitura de agosto foi revisada para baixo, a 159 mil empregos, de 176 mil anteriormente. Logo mais, às 10h45, sai o índice ISM de condições empresariais em Nova York em setembro. À tarde, às 16h30, o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, discursa na abertura de uma conferência bancária.

Já na Europa, os investidores digerem as declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, após a decisão de manutenção da taxa básica de juros na zona do euro em 0,5%. A Bolsa de Frankfurt caía 0,64%, às 10h05.

Internamente, o IBGE informou que a produção industrial ficou estável em agosto ante julho, resultado que veio em linha com a mediana estimada, após levantamento do AE Projeções. O dado de julho ante junho foi revisado para baixo, mostrando uma queda ainda maior, de -2,4% no período, ante estimativa original de -2,0%.

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