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Espanha volta a preocupar e dólar sobe 0,47% ante o real

O dólar avançou 0,47 por cento, cotado a 2,0233 reais na venda

Oficiais do Tesouro reuniram-se com os 20 'primary dealers' que participam das negociações da dívida (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2012 às 18h05.

São Paulo - O dólar subiu nesta sexta-feira, após cinco sessões seguidas de queda, com investidores voltando a se preocupar com a situação da Europa, principalmente da Espanha, depois de a região de Valencia informar que pedirá ajuda financeira.

O dólar avançou 0,47 por cento, cotado a 2,0233 reais na venda. Durante a sessão, a moeda oscilou entre 2,0180 reais e 2,0280 reais.

Na semana, a moeda ainda acumulou baixa de 0,68 por cento.

Nos últimos dias, a melhora do cenário externo fez as bolsas subiram em meio a melhores resultados corporativos. No entanto, a Europa voltou a elevar a versão a risco nesta sexta-feira.

"Mais uma vez a Europa voltou a preocupar, as bolsas todas caíram e o euro chegou a cair mais de 1 por cento, o mercado se estressou", disse o operador de câmbio da Intercam Corretor de Câmbio Glauber Romano.

Desta vez, o mote foi o anúncio de que a fortemente endividada região de Valência pedirá ajuda financeira ao governo espanhol. A notícia assustou os mercados e complicou os esforços do governo central para evitar o um pacote mais amplo de ajuda.


Esse cenário elevou os custos de empréstimo da Espanha, cujos yields dos títulos de 10 anos foram negociados acima de 7 por cento, nível considerado insustentável.

A aprovação do empréstimo de até 100 bilhões de euros pelos ministros das Finanças da zona do euro não se mostrou suficiente para tranquilizar os investidores.

Com isso, o dólar subiu também ante outras moedas. Às 17h00 (horário de Brasília), a moeda norte-americana tinha alta de 0,72 por cento ante uma cesta de divisas, enquanto o euro , por sua vez, tinha queda de 0,99 por cento ante o dólar.

Para o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros, a Europa ainda pode voltar a trazer pressão de alta para o dólar, mas acredita que a moeda ainda vai continuar a oscilar presa à uma banda informal entre 2 reais e 2,10 reais.

"Não temos mais câmbio flutuante, de maneira informal temos um piso de 2 reais e um teto de 2,10 reais. É o que o mercado acha, já que nessas duas pontas o Banco Central agiu", disse.

Para analistas, com as intervenções que fez por meio de leilões de swap cambial tradicional --operação que equivale a uma venda de dólares no mercado futuro-- o BC mostrou que não quer o dólar acima de 2,10 reais.

Por outro lado, quando o dólar foi negociado abaixo de 2,00 reais no início deste mês, o diretor Política Monetária do BC, Aldo Mendes, declarou que esse nível poderia ser prejudicial para a indústria brasileira e alertou que o BC poderia atuar comprando dólares no mercado futuro caso fosse necessário. (Reportagem de Danielle Fonseca; Edição de Aluísio Alves)

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São Paulo - O dólar subiu nesta sexta-feira, após cinco sessões seguidas de queda, com investidores voltando a se preocupar com a situação da Europa, principalmente da Espanha, depois de a região de Valencia informar que pedirá ajuda financeira.

O dólar avançou 0,47 por cento, cotado a 2,0233 reais na venda. Durante a sessão, a moeda oscilou entre 2,0180 reais e 2,0280 reais.

Na semana, a moeda ainda acumulou baixa de 0,68 por cento.

Nos últimos dias, a melhora do cenário externo fez as bolsas subiram em meio a melhores resultados corporativos. No entanto, a Europa voltou a elevar a versão a risco nesta sexta-feira.

"Mais uma vez a Europa voltou a preocupar, as bolsas todas caíram e o euro chegou a cair mais de 1 por cento, o mercado se estressou", disse o operador de câmbio da Intercam Corretor de Câmbio Glauber Romano.

Desta vez, o mote foi o anúncio de que a fortemente endividada região de Valência pedirá ajuda financeira ao governo espanhol. A notícia assustou os mercados e complicou os esforços do governo central para evitar o um pacote mais amplo de ajuda.


Esse cenário elevou os custos de empréstimo da Espanha, cujos yields dos títulos de 10 anos foram negociados acima de 7 por cento, nível considerado insustentável.

A aprovação do empréstimo de até 100 bilhões de euros pelos ministros das Finanças da zona do euro não se mostrou suficiente para tranquilizar os investidores.

Com isso, o dólar subiu também ante outras moedas. Às 17h00 (horário de Brasília), a moeda norte-americana tinha alta de 0,72 por cento ante uma cesta de divisas, enquanto o euro , por sua vez, tinha queda de 0,99 por cento ante o dólar.

Para o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros, a Europa ainda pode voltar a trazer pressão de alta para o dólar, mas acredita que a moeda ainda vai continuar a oscilar presa à uma banda informal entre 2 reais e 2,10 reais.

"Não temos mais câmbio flutuante, de maneira informal temos um piso de 2 reais e um teto de 2,10 reais. É o que o mercado acha, já que nessas duas pontas o Banco Central agiu", disse.

Para analistas, com as intervenções que fez por meio de leilões de swap cambial tradicional --operação que equivale a uma venda de dólares no mercado futuro-- o BC mostrou que não quer o dólar acima de 2,10 reais.

Por outro lado, quando o dólar foi negociado abaixo de 2,00 reais no início deste mês, o diretor Política Monetária do BC, Aldo Mendes, declarou que esse nível poderia ser prejudicial para a indústria brasileira e alertou que o BC poderia atuar comprando dólares no mercado futuro caso fosse necessário. (Reportagem de Danielle Fonseca; Edição de Aluísio Alves)

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