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Emprego mais fraco deve afetar bolsas de NY na abertura

Os números de criação de postos de trabalho de julho vieram abaixo do previsto, mas a taxa de desemprego caiu mais que o esperado


	Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,08%, o Nasdaq ganhava 0,30% e o S&P 500 tinha baixa de 0,04%
 (REUTERS/Brendan McDermid)

Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,08%, o Nasdaq ganhava 0,30% e o S&P 500 tinha baixa de 0,04% (REUTERS/Brendan McDermid)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2013 às 10h55.

Nova York - As bolsas norte-americanas devem iniciar o pregão desta sexta-feira, 2, sem tendência única, sinalizam os índices futuros.

Os números de criação de postos de trabalho de julho vieram abaixo do previsto, mas a taxa de desemprego caiu mais que o esperado e os investidores ainda digerem os números e tentam ver as implicações para o futuro da política monetária dos Estados Unidos.

Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,08%, o Nasdaq ganhava 0,30% e o S&P 500 tinha baixa de 0,04%.

O número mais esperado do dia foi divulgado pelo Departamento de Trabalho nesta sexta-feira e mostrou a criação de 162 mil vagas em julho, abaixo dos 183 mil postos esperados pelos economistas, de acordo com consenso calculado pela Dow Jones.

Além disso, o número de junho foi revisto para baixo, de 195 mil postos originalmente divulgados para 188 mil. Já a taxa de desemprego caiu de 7,6% em junho para 7,4% em julho, número melhor que o esperado e o menor nível desde dezembro de 2008. A expectativa dos analistas era de que a taxa caísse para 7,5%.

Em uma análise inicial dos números desta sexta-feira, 2, a diretora do departamento de Macroeconomia do The Conference Board, Kathy Bostjancic, avalia que o mercado de trabalho norte-americano tem mostrado resistência, mesmo em meio aos efeitos dos cortes automáticos de gastos públicos.

Em um e-mail comentando os 162 mil postos criados em julho e a queda do desemprego, Kathy diz que eles abrem caminho para o Fed começar a reduzir o ritmo de compras de ativos até o final deste ano, embora ela não fale que isso possa ocorrer no mês de setembro, como Wall Street vinha especulando.


Além dos dados de emprego, também foram divulgadas estatísticas do consumo e renda pessoal referentes ao mês de junho. Os gastos com consumo tiveram expansão de 0,5% ante maio, dentro do esperado pelos analistas. A renda cresceu 0,3%, abaixo do esperado pelos economistas, que previam alta de 0,5%.

Depois da abertura do pregão, às 11h de Brasília, serão divulgadas as encomendas à indústria de junho. A previsão da equipe de analistas do banco BMO é que a expansão fique em 2,5%, uma pequena desaceleração na comparação com o dado divulgado em maio, que mostrou crescimento de 2,8%.

O último dia útil de uma semana agitada nos Estados Unidos e no exterior promete ainda, além dos indicadores econômicos, uma apresentação do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Saint Louis, James Bullard. Voto dissidente na reunião de política monetária de junho, no encontro que terminou esta semana, Bullard votou a favor de seus colegas.

Wall Street especula que é porque o comunicado da reunião fez menção explícita à preocupação do Fed com a baixa inflação e os riscos que ela traz ao crescimento econômico, temas recorrentes nas declarações recentes do dirigente. O próprio Bullard terá oportunidade de se explicar em evento hoje, às 13h15 (de Brasília) em Boston, no qual vai falar sobre a economia norte-americana.


No noticiário corporativo, algumas grandes empresas divulgam balanços, caso da petroleira Chevron, a fabricante de equipamentos para o setor de energia Eaton e a companhia do setor de comunicação Viacom.

Entre os números que já saíram, a Chevron anunciou queda de 26% no lucro no segundo trimestre ante o mesmo período de 2012, para US$ 5,4 bilhões. As receitas recuaram 8% e ficaram em US$ 55 bilhões. O ganho veio pior do que o esperado pelos analistas de petróleo. No pré-mercado, a ação da empresa recuava 0,94%.

O LinkedIn era destaque de alta no pré-mercado e subia 10,33%. Na quinta-feira, 1, após o fechamento da bolsa, a empresa, uma rede social de executivos, divulgou lucro líquido de US$ 3,7 milhões no segundo trimestre deste ano, uma alta de 33% na comparação com o mesmo período do ano passado.

As receitas subiram 59%. Além dos ganhos superarem as estimativas, fato raro entre empresas de tecnologia e internet na atual temporada de balanços, o LinkedIn elevou suas projeções de faturamento para este ano.

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