Família de aviões Embraer 170 e 190: empresa lucrou R$ 220 mi no 3º tri (Divulgação/Embraer)
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2010 às 15h55.
São Paulo - A Empresa Brasileira de Aeronáutica SA é negociada no maior preço em duas semanas após elevar suas metas para o resultado operacional deste ano, seguindo o padrão contábil americano, e com a decisão de deixar para 2011 a definição sobre um novo avião.
As ações da companhia subiam 1,86 por cento, para R$ 12,06, às 16h41, na BM&FBovespa. No ano até esse horário, as ações da Embraer acumulavam alta de 27 por cento, contra ganho de 2,9 por cento do Ibovespa.
Ontem a Embraer anunciou queda de 3,7 por cento em seu lucro líquido no terceiro trimestre, para R$ 220 milhões. A companhia elevou sua meta de resultado operacional no ano de US$ 340 milhões para US$ 380 milhões, e subiu a expectativa de margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização de 8 por cento para 8,75 por cento.
“O aumento nos guidances mostram uma tendência mais positiva, nem tanto pelo tamanho, que foi pequeno, mas pela sinalização”, disse em entrevista por telefone de São Paulo Rosângela Ribeiro, analista da SLW Corretora de Valores e Câmbio, que recomenda a compra dos papéis da Embraer. “As ações estão reagindo mais à expectativa positiva para o quarto trimestre e ao adiamento do novo avião.”
O vice-presidente financeiro da Embraer, Luiz Carlos Aguiar, disse hoje em teleconferência sobre os resultados que a decisão sobre o desenvolvimento de um novo jato comercial ficará para 2011. Até então, a Embraer prometia essa definição para o final deste ano. Segundo Aguiar, o mercado parou de discutir a possibilidade de novos aviões e motores para os modelos existentes.
“Os clientes voltaram a comprar nosso produto e há pouca novidade sobre os concorrentes”, disse ele. “Não quer dizer que ficaremos parados”, mas não há urgência na decisão, disse.