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Em dia de agenda fraca, bolsas de NY ensaiam recuperação

Nesta quarta-feira, 12, saem números semanais dos estoques de petróleo e os dados das contas do governo norte-americano


	Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,48%, o Nasdaq ganhava 0,52% e o S&P 500 tinha alta de 0,63%
 (REUTERS/Brendan McDermid)

Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,48%, o Nasdaq ganhava 0,52% e o S&P 500 tinha alta de 0,63% (REUTERS/Brendan McDermid)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2013 às 10h50.

Nova York - As bolsas norte-americanas devem iniciar a quarta-feira, 12, em alta, sinalizam os índices futuros. Depois do estresse de terça-feira, 11, as ações ensaiam uma recuperação nesta quarta-feira, 12, dia de agenda fraca nos Estados Unidos e de mercados mais calmos no exterior. Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,48%, o Nasdaq ganhava 0,52% e o S&P 500 tinha alta de 0,63%.

Nesta quarta-feira, 12, saem números semanais dos estoques de petróleo e os dados das contas do governo norte-americano. Não estão previstos indicadores da atividade econômica e nem apresentações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Às 20h (de Brasília), o Banco Mundial divulga seu relatório de perspectivas econômicas para a economia global.

As análises de bancos de investimento e corretoras de Wall Street nesta manhã apontavam para uma crescente volatilidade nos mercados nos próximos dias, em meio às especulações de mudanças no programa de compras de ativos do Fed no mercado financeiro para estimular a economia.

Na terça-feira, 11, uma pesquisa da Blue Chip Economic Indicators mostrou que 100% dos economistas entrevistados esperam mudanças este ano no ritmo de compras do Fed. A dúvida seria em que mês, até dezembro, elas começariam e os analistas estão divididos.

Dos entrevistados, 2,7% acham que alterações na estratégia serão anunciadas em julho, 35,3% em setembro, 27% em outubro e 35% em dezembro.

Na Europa, o assunto também está na ordem do dia. O Tribunal Constitucional da Alemanha tem seu segundo e último dia da audiência sobre a legalidade do arcabouço de resgate do Banco Central Europeu (BCE), sobretudo as compras de ativos para injetar dinheiro no mercado financeiro.


O tribunal alemão não tem jurisdição sobre o BCE e por isso não pode forçar o encerramento do programa, mas pode limitar a participação da Alemanha, a maior economia da região, nas compras de bônus. A decisão, que não deverá sair antes de setembro, é aguardada pelos investidores e deve provocar nova rodada de discussões sobre a estratégia dos bancos centrais dos países desenvolvidos.

A Pimco, uma das maiores gestoras do mundo, destacou em uma análise à clientes a tendência de maior volatilidade nos mercados e disse que as chances para uma nova recessão global nos próximos anos aumentaram para 60%.

O estrategista Saumil Parikh avalia que os mercados nos EUA estão caros, seja o de ações ou de bônus, e que os países emergentes estão com perspectiva melhor de retorno, mas com volatilidade também maior. Já o sócio da gestora, Bill Gross, disse em seu Twitter que está reduzindo suas posições em bônus.

No noticiário corporativo, o papel do Google subia 0,80% no pré-mercado. Na terça-feira, 11, a empresa anunciou a compra da companhia israelense Waze, uma espécie de rede social de mapas, na qual os usuários informam os caminhos que percorrem e as condições de trânsito. O valor da aquisição não foi revelado, mas o The New York Times, citando fontes próximas, fala em US$ 1,03 bilhão.

Outro negócio bilionário anunciado nos EUA foi o da fabricante de pneus indiana Apollo Tyres, que comprou a norte-americana Cooper Tire & Rubber Company por US$ 2,5 bilhões, pagos em dinheiro. A fusão vai criar a sétima maior empresa do setor no mundo e o negócio deve ser concluído no segundo semestre. A ação da Cooper subia mais de 40% no pré-mercado.

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