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Eike vendeu 227 milhões de ações da OGX em cinco dias

Empresário mantém, porém, a posição de acionista controlador da petroleira, com participação acima de 50,01% do capital

Eike Batista: empresário informou ao mercado que pretendia vender ações da petroleira para pagar compromissos da holding do grupo, a EBX (Douglas Engle/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 13h14.

São Paulo - O empresário Eike Batista vendeu 177,194 milhões de ações da petroleira OGX entre os dias 29 e 30 de agosto, 2 e 3 de setembro, segundo comunicado enviado hoje pela empresa ao mercado. O volume se soma aos 49,8 milhões de ações vendidos no dia 28 de agosto, o que eleva o total oferecido ao mercado em cinco pregões a 227 milhões de ações, ou 7,03% do capital total da empresa – 5,49% vendidos entre os dias 29 e 3 e 1,54% apenas no dia 28 de agosto.

Com essas vendas e mais as realizadas desde março deste ano, Eike já se desfez de 11,14% do capital de OGX. Ele mantém, porém, a posição de acionista controlador da petroleira, com participação acima de 50,01% do capital.

As fortes vendas de ações provocaram a queda acentuada no valor dos papéis negociados em bolsa. No dia 27 de agosto, antes do início das vendas de Eike, a ação da OGX fechou cotada a R$ 0,69 e, na sexta-feira, atingiu a mínima histórica de R$ 0,30, uma queda de 56,52%. Ontem, o papel subiu para R$ 0,42, mas ainda com uma perda de 39,13%.

O empresário informou ao mercado que pretendia vender ações da petroleira para pagar compromissos da holding do grupo, a EBX. A operação provocou críticas de investidores por ocorrer no momento em que a empresa passa por uma séria crise, com dívidas sendo renegociadas e impasse na negociação com a malaia Petronas para venda de participação. Um investidor chegou a recorrer à Justiça para tentar impedir as vendas, alegando que Eike teria acesso a informações privilegiadas sobre a reestruturação da dívida da empresa.

As vendas reduziram a pressão sobre o papel no ajuste da nova carteira teórica do Índice Bovespa, que passou a vigorar na segunda-feira. A ação da OGX passou de pouco mais de 1,5% de participação no índice para 4,26%, o que obrigou os fundos passivos a comprarem volumes expressivos de ações, já que não havia também oferta de papéis para alugar, como mostravam os aluguéis cobrados, acima de 90% ao ano.

Como reflexo desse ajuste, a OGX informou também que os fundos do Banco Itaú compraram parcelas expressivas de ações da empresa, atingindo 7,27% do capital total da petroleira em 30 de agosto. O banco informou que a maioria dos papéis foi para fundos passivos, que precisam acompanhar a carteira do índice.

No ano, o papel da OGX caiu 90,4% e, em 12 meses, 93,3%. Só em agosto, a ação da OGX caiu 54,5%.

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São Paulo - O empresário Eike Batista vendeu 177,194 milhões de ações da petroleira OGX entre os dias 29 e 30 de agosto, 2 e 3 de setembro, segundo comunicado enviado hoje pela empresa ao mercado. O volume se soma aos 49,8 milhões de ações vendidos no dia 28 de agosto, o que eleva o total oferecido ao mercado em cinco pregões a 227 milhões de ações, ou 7,03% do capital total da empresa – 5,49% vendidos entre os dias 29 e 3 e 1,54% apenas no dia 28 de agosto.

Com essas vendas e mais as realizadas desde março deste ano, Eike já se desfez de 11,14% do capital de OGX. Ele mantém, porém, a posição de acionista controlador da petroleira, com participação acima de 50,01% do capital.

As fortes vendas de ações provocaram a queda acentuada no valor dos papéis negociados em bolsa. No dia 27 de agosto, antes do início das vendas de Eike, a ação da OGX fechou cotada a R$ 0,69 e, na sexta-feira, atingiu a mínima histórica de R$ 0,30, uma queda de 56,52%. Ontem, o papel subiu para R$ 0,42, mas ainda com uma perda de 39,13%.

O empresário informou ao mercado que pretendia vender ações da petroleira para pagar compromissos da holding do grupo, a EBX. A operação provocou críticas de investidores por ocorrer no momento em que a empresa passa por uma séria crise, com dívidas sendo renegociadas e impasse na negociação com a malaia Petronas para venda de participação. Um investidor chegou a recorrer à Justiça para tentar impedir as vendas, alegando que Eike teria acesso a informações privilegiadas sobre a reestruturação da dívida da empresa.

As vendas reduziram a pressão sobre o papel no ajuste da nova carteira teórica do Índice Bovespa, que passou a vigorar na segunda-feira. A ação da OGX passou de pouco mais de 1,5% de participação no índice para 4,26%, o que obrigou os fundos passivos a comprarem volumes expressivos de ações, já que não havia também oferta de papéis para alugar, como mostravam os aluguéis cobrados, acima de 90% ao ano.

Como reflexo desse ajuste, a OGX informou também que os fundos do Banco Itaú compraram parcelas expressivas de ações da empresa, atingindo 7,27% do capital total da petroleira em 30 de agosto. O banco informou que a maioria dos papéis foi para fundos passivos, que precisam acompanhar a carteira do índice.

No ano, o papel da OGX caiu 90,4% e, em 12 meses, 93,3%. Só em agosto, a ação da OGX caiu 54,5%.

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