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Educacionais: o desconhecido 2017

Nesta sexta-feira os controladores do grupo Ser Educacional fazem teleconferência que abre a temporada de divulgação de balanços do setor. Os dados foram divulgados na noite de ontem. Apesar da crise, o lucro do terceiro trimestre dobrou para 48,6 milhões de reais. Segundo analistas do banco Santander, a melhora é fruto sobretudo da queda na […]

EDUCAÇÃO: após reportagem veiculada em VEJA, ações do setor despencaram no Ibovespa (Germano Lüders/Exame Hoje)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2016 às 19h07.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h41.

Nesta sexta-feira os controladores do grupo Ser Educacional fazem teleconferência que abre a temporada de divulgação de balanços do setor. Os dados foram divulgados na noite de ontem. Apesar da crise, o lucro do terceiro trimestre dobrou para 48,6 milhões de reais. Segundo analistas do banco Santander, a melhora é fruto sobretudo da queda na alavancagem financeira. Além disso, a companhia teve uma alta de 16,2% no número de novas matrículas no trimestre, puxado principalmente pelo crescimento do ensino a distância.

Com a melhora de cenário no país, as ações do setor embarcaram na alta da bolsa, os papéis da Ser Educacional subiram 165%, os da Kroton 59,6%, os da Estácio 28,9%. Na Ânima, a alta é de apenas 1%. O balanço das concorrentes vêm na próxima semana: a Ânima publica seus dados no dia 8; Kroton e Estácio, dia 10.

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Apesar dos números, um indicador continua preocupando investidores: o aumento da dependência do financiamento do governo, o Fies. O percentual de estudantes captados por meio de Fies correspondeu a 15% do total entre julho e setembro, ante os 8% do mesmo período de 2015.

Nos últimos quatro meses o governo não repassou dinheiro às instituições de ensino por falta de caixa. Só no fim de outubro foram liberados 702 milhões de reais para pagar a conta. No ano passado, o governo Dilma já havia atrasado o pagamento. Mas o pior, para executivos e investidores, são as incertezas sobre o programa de 2017. A dúvida é por quanto mais tempo, sem o Fies, essas empresas ainda são capazes de crescer e qual será o seu nível de rentabilidade.

“Vamos honrar o programa, mas temos que garantir equidade, equilíbrio e sustentabilidade no longo prazo”, afirmou ontem ao Valor o ministro da Educação, Mendonça Filho. Ninguém sabe o que isso quer dizer.

 

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