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Dólar volta a R$3,11 com temores sobre reforma da Previdência

Levantamento feito pelo Grupo Estado revelou que a proposta da reforma da Previdência seria rejeitada por 240 deputados

Dólar: "O placar não está nada bom para o governo", afirmou o economista-sênior do banco Haitong, Flávio Serrano (Mark Wilson/AFP)
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Reuters

Publicado em 5 de abril de 2017 às 17h34.

São Paulo - O dólar fechou em alta e voltou ao patamar de 3,11 reais nesta quarta-feira, após levantamento mostrando que o governo não conseguiria aprovar agora na Câmara dos Deputados a reforma da Previdência, tida como essencial para colocar as contas públicas do país em ordem, nem com uma proposta mais branda.

Até a última hora do pregão, no entanto, o dólar recuou com a melhora da percepção de risco político após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adiar o julgamento da chapa Dilma-Temer e com expectativas de ingresso de recursos externos no país.

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O dólar avançou 0,55 por cento, a 3,1149 reais na venda, após chegar a 3,0803 reais na mínima do dia e a 3,1190 reais na máxima. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,60 por cento no final da tarde.

"O placar não está nada bom para o governo", afirmou o economista-sênior do banco Haitong, Flávio Serrano.

Levantamento feito pelo Grupo Estado revelou que a proposta da reforma da Previdência seria rejeitada por 240 deputados, mesmo com uma versão mais suavizada. Para aprovar, são necessários 308 votos favoráveis, o equivalente a três quintos dos 513 deputados.

A trajetória do dólar durante a maior parte do pregão foi de queda, após a decisão do TSE. A maioria dos ministros da Corte decidiu na véspera adiar o julgamento da chapa Dilma-Temer, resultado em sintonia com as pretensões do Palácio do Planalto de adiar, ao máximo possível, o desfecho do caso.

Com isso, haviam diminuído as preocupações dos investidores de que a votação da reforma da Previdência no Congresso Nacional poderia ser afetada.

O dólar também recuou com as expectativas de entrada de mais recursos externos, via nova etapa de regularização de recursos mantidos no exterior e abertura de capital da Azul, nesta semana. Investidores também citavam possibilidades de novas captações de empresas.

O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção no mercado de câmbio para essa sessão. Em maio, vencem 6,389 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.

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