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Dólar volta a nível de 10 de abril com extensão do swap

Parcela do mercado que esperava por uma diminuição dos volumes de ofertas de swap precisou ajustar posições, o que se refletiu em um recuo da moeda americana


	Dólares: moeda fechou em R$ 2,2060 (-0,90%), menor nível desde 10 de abril (R$ 2,2010)
 (Karen Bleier/AFP)

Dólares: moeda fechou em R$ 2,2060 (-0,90%), menor nível desde 10 de abril (R$ 2,2010) (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2014 às 17h06.

São Paulo - A extensão do programa de swap cambial até pelo menos 31 de dezembro deste ano e a queda do PIB dos EUA no primeiro trimestre imputaram um viés de queda ao dólar no Brasil e no exterior nesta quarta-feira, 25.

A moeda operou o dia todo em baixa e voltou à casa de R$ 2,20. Fechou em R$ 2,2060 (-0,90%), menor nível desde 10 de abril (R$ 2,2010).

Na mínima do dia, a moeda chegou a R$ 2,2010 (-1,12%) e, na máxima, a R$ 2,2130 (-0,58%). O giro totalizou R$ 1,33 bilhão, sendo US$ 1,14 bilhão em D+2. O dólar para julho operava em baixa de 0,90%, a R$ 2,209.

Sobre o swap, o BC informou ontem à noite que vai manter a oferta diária em 4 mil contratos - US$ 200 milhões.

Assim, a parcela do mercado que esperava por uma diminuição dos volumes precisou ajustar posições, o que se refletiu em um recuo da moeda americana desde o início do dia.

Esse movimento foi reforçado pela revisão em baixa do PIB dos EUA no primeiro trimestre deste ano.

A economia norte-americana teve uma contração a uma taxa anual sazonalmente ajustada de 2,9% nos três primeiros meses do ano, de acordo com a terceira estimativa publicada pelo Departamento do Comércio.

Esta foi a maior queda desde o primeiro trimestre de 2009, quando a atividade recuou 5,4%. Na leitura anterior, a queda do PIB havia ficado em 1% no primeiro trimestre.

E a previsão era de baixa de 2%. Também veio ruim o dado de encomendas de bens duráveis em maio, que recuaram 1%, ante previsão de estabilidade.

Os dados semanais do fluxo cambial não fizeram preço na moeda. Em junho até dia 20, o fluxo cambial estava positivo em US$ 78 milhões, sendo que as operações financeiras responderam por uma entrada líquida de US$ 979 milhões, e o comércio exterior, por um saldo negativo de US$ 901 milhões.

No acumulado do ano até 20 de junho, o fluxo está positivo em US$ 4,106 bilhões. Apenas na semana de 16 a 20 de junho, a saída de dólares no país superou a entrada em US$ 462,5 milhões.

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