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Dólar vai a R$3,45, maior patamar desde final de 2016, com cena externa

O dólar avançou 1,20 por cento, a 3,4528 reais na venda, depois de tocar a máxima de 3,4538 reais no dia

Dólar: moeda também subia ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano (iStock/Thinkstock)

Dólar: moeda também subia ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano (iStock/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 23 de abril de 2018 às 17h06.

São Paulo - O dólar fechou a segunda-feira em alta de mais de 1 por cento e foi ao patamar de 3,45 reais, maior nível em quase um ano e meio, seguindo o movimento dos mercados externos em meio a temores de que a pressão inflacionária leve o banco central dos Estados Unidos a ser mais firme no aperto monetário.

O dólar avançou 1,20 por cento, a 3,4528 reais na venda, depois de tocar a máxima de 3,4538 reais no dia e no maior patamar de fechamento desde 2 de dezembro de 2016 (3,4726 reais). Odólar futuro tinha alta de cerca de 1,1 por cento no final da tarde.

"O Treasury de 10 anos testou novamente os picos deste ciclo econômico... geralmente, as rodadas de abertura (alta das taxas) dos Treasuries afetam o humor global a risco, o que está dando suporte ao dólar no mundo", disse o gestor e sócio da gestora Flag Dan Kawa.

Os rendimentos dos Treasuries de 10 anos dos EUA foram a quase 3 por cento nesta sessão, em meio a preocupações com a crescente oferta de dívida pública do país e a aceleração da inflação. Com isso, o dólar chegou a atingir a máxima em sete semanas ante umaa cesta de moedas.

Esse cenário aumentava o temor de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa elevar os juros mais do que o esperado. Taxas elevadas na maior economia do mundo tendem a atrair recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.

"E isso levaria a menos liquidez no mercado, o que puxa o dólar", afirmou o gestor de derivativos de uma corretora local.

O dólar também subia ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano.

Como pano de fundo, os investidores seguiram acompanhando o noticiário político interno, a poucos meses das eleições presidenciais de outubro.

O Banco Central vendeu todo o lote de 3,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 1,87 bilhão de dólares do total de 2,565 bilhões de dólares que vence em maio.

Se mantiver esse volume diário e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.

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