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Dólar termina o dia em leve baixa sob influência externa

O dólar foi se acomodando ao longo da tarde no Brasil, tentando se alinhar ao comportamento visto no exterior


	Dólares: na reta final, prevaleceu o sinal de baixa, com o dólar mostrando desvalorização de 0,17% no mercado à vista de balcão, cotado a R$ 2,403
 (Karen Bleier/AFP)

Dólares: na reta final, prevaleceu o sinal de baixa, com o dólar mostrando desvalorização de 0,17% no mercado à vista de balcão, cotado a R$ 2,403 (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 16h20.

São Paulo - Depois de oscilar entre quedas e altas, quando chegou a se aproximar de R$ 2,42 em meio às palavras da nova presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, o dólar foi se acomodando ao longo da tarde no Brasil, tentando se alinhar ao comportamento visto no exterior. Na reta final, prevaleceu o sinal de baixa, com o dólar mostrando desvalorização de 0,17% no mercado à vista de balcão, cotado a R$ 2,4030.

O giro de negócios no mercado à vista de câmbio foi fraco e estava em torno de US$ 822,9 milhões por volta das 16h30, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar cedia 0,35%, a R$ 2,4145. O volume de negociação estava próximo de US$ 15 bilhões.

A moeda americana até chegou a recuar ante o real mais cedo, antes de Yellen falar no Congresso e sob a influência do leilão de swap do Banco Central, mas depois acabou se recuperando em meio à leitura de que o Fed tende a manter o atual ritmo de redução de seu programa de estímulos econômicos, de US$ 10 bilhões a menos a cada reunião.

Nas palavras da presidente do Fed, o BC dos EUA deve cortar as compras de bônus em passos comedidos se os dados vierem como esperado. No discurso à Câmara, disse ainda que "ultrapassar o gatilho de desemprego de 6,5% não significa aumento automático dos juros" e que "a taxa de juros ficará perto de zero até bem depois de o desemprego cair abaixo de 6,5%". "A acomodação continuará por um tempo considerável após fim das compras de bônus", concluiu.

À tarde, a moeda se sustentou em alta no balcão na maior parte do tempo, mas muito próxima da estabilidade, enquanto o dólar para março registrava leves perdas. Na reta final do balcão, o dólar voltou a cair, tentando se alinhar um pouco mais ao que era visto no exterior. "Estamos um pouco descolados do que acontece lá fora hoje", comentou profissional de um grande banco. "Mas agora o dólar tenta se alinhar um pouco e cai ante o real", acrescentou.

Lá fora, a moeda dos EUA cedia de forma consistente ante boa parte das demais divisas. Considerando os demais "cinco frágeis", perto das 16h40 o dólar caía 0,56% ante a rupia da Índia, cedia 0,21% ante a rupia da Indonésia, caía 1,34% ante o rand da África do Sul e recuava 0,84% ante a lira da Turquia.

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