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Dólar fecha em queda com aproximação entre Bolsonaro e Legislativo

Mercado aumenta confiança sobre compromisso fiscal e espera o andamento de pautas econômicas no Congresso

Dólar cai 1,6% e encerra vendido por 5,367 reais. (Marcos Santos/USP Imagens)

Dólar cai 1,6% e encerra vendido por 5,367 reais. (Marcos Santos/USP Imagens)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 13 de agosto de 2020 às 09h22.

Última atualização em 13 de agosto de 2020 às 17h11.

O dólar fechou em queda nesta quinta-feira, 13, após o presidente Jair Bolsonaro sinalizar aproximação com líderes do chamado “Centrão”. A expectativa do mercado é de melhora na relação entre Executivo e Legislativo e favoreça o andamento das reformas. O dólar comercial caiu 1,6% e encerrou sendo vendido por 5,367 reais. Com variação semelhante, o dólar turismo era cotado a 5,67 reais.

Na véspera, Bolsonaro escolheu o deputado e ex-ministro de Michel Temer Ricardo Barros (Progressista-PR) para assumir o cargo de líder do governo na Câmara no lugar do Major Vitor Hugo (PSL-GO).

“O Bolsonaro fez alguns acertos com o ‘Centrão’, o que deve facilitar a aprovação de algumas medidas importantes do governo. Talvez, ele tivesse que ter feito isso desde o começo”, disse Vanei Nagem, analista de câmbio da Terra Investimentos.

Na quarta-feira, Bolsonaro se reuniu com os líderes do Congresso e, em discurso à imprensa, se comprometeu com o teto de gastos ao lado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

A aproximação com o Legislativo ocorre após saída de membros da cúpula do Ministério da Economia por falta de avanços em pautas econômicas. Na véspera, o dólar fechou em alta, com o mercado repercutindo negativamente o pedido de demissão de Selim Mattar, então secretário especial de Privatização e Desestatização.

No exterior, o dólar operou misto contra moedas emergentes, subindo contra a rúpia indiana e levemente em queda perante o peso mexicano e o rublo russo. Entre elas, o real foi a moeda que mais se valorizou.

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