Exame Logo

Dólar tem leves oscilações e segue com cautela

Às 13h07, o dólar avançava 0,01%, a 3,9011 reais na venda, depois de bater a máxima de 3,9267 reais

Dólar: moeda deu um salto no começo da tarde, após notícia de que o candidato Geraldo Alckmin pode ser alvo de denúncias do Ministério Público de São Paulo (Chung Sung-Jun/Getty Images)
R

Reuters

Publicado em 16 de agosto de 2018 às 13h26.

Última atualização em 16 de agosto de 2018 às 13h31.

São Paulo - O dólar reduziu a queda registrada desde o início dos negócios e sintonizada principalmente ao cenário externo e passou a operar com leves oscilações ante o real, com os investidores voltando a adotar posições cautelosas diante do cenário eleitoral doméstico.

Às 13:07, o dólar avançava 0,01 por cento, a 3,9011 reais na venda, depois de bater a máxima de 3,9267 reais. Na mínima, mais cedo, a moeda havia marcado 3,8675 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,13 por cento.

Veja também

A moeda deu um salto no começo da tarde para a máxima da sessão, acima de 3,90 reais, após notícia publicada no portal G1 de que o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, o preferido do mercado financeiro, pode ser alvo de denúncias do Ministério Público de São Paulo ainda antes do 1º turno das eleição, dia 7 de outubro.

O ex-governador de São Paulo prestou depoimento na véspera em investigação que apura suposto caixa 2 em suas campanhas de 2010 e 2014.

"A notícia estressou. O candidato do mercado é o Alckmin", disse um profissional da mesa de derivativos de uma corretora nacional.

O mercado prefere o candidato do PSDB à Presidência da República porque vê nele o perfil reformista que considera necessário para ajustar as contas públicas.

O movimento, no entanto, foi pontual, e a alta ante o real foi gradativamente sendo absorvida.

"Começou a temporada de boatos, que vai até a definição do presidente. O mercado primeiro reage e depois reavalia", comentou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer.

No exterior, o viés nesta quarta-feira era de busca pelo risco, após a China ter anunciado que vai realizar nova rodada de negociações comerciais com os Estados Unidos, suavizando as preocupações sobre a guerra comercial entre os dois países.

"A leitura de investidores é por enquanto positiva, dado que pode representar, em potencial, a derrubada das tarifas entre as maiores economias globais em troca de acordos que agradem aos EUA", trouxe a corretora H.Commcor em relatório.

Uma delegação chinesa liderada pelo vice-ministro do Comércio, Wang Shouwen, se reunirá com representantes dos EUA liderados pelo subsecretário do Tesouro para Assuntos Internacionais, David Malpass, informou o Ministério do Comércio chinês nesta manhã.

Embora o engajamento tenha sido visto por analistas e empresários externos como positivo, eles alertaram que as negociações provavelmente não levariam a um avanço, já que ocorrerão entre funcionários de segundo escalão.

Ainda assim, a notícia serviu para aliviar os temores globais e levava a uma busca pelo risco, com o dólar em queda ante uma cesta de moedas e também divisas de países emergentes.

Na abertura dos negócios, o mercado havia lido de maneira positiva o fato de já haver contestações à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril no âmbito da Lava Jato, formalizada na véspera junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu que ela seja barrada.

Lula é visto pelos mercados como um candidato à Presidência menos comprometido com o ajuste fiscal.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólar es, rolando 2,88 bilhões de dólar es do total de 5,255 bilhões de dólar es que vence em setembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCâmbioDólarEleições 2018

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame