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Dólar tem leves oscilações com reforma fiscal dos EUA

O temor dos agentes é de que o pacote tributário possa gerar mais inflação uma vez que a economia já está aquecida

Dólar: "Há expectativa de piora nas contas norte-americanas e de que a economia não apresente melhora substancial" (Gary Cameron/Reuters)
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Reuters

Publicado em 20 de dezembro de 2017 às 10h36.

São Paulo - O dólar operava com leves oscilações ante o real nesta quarta-feira, com os investidores ainda cautelosos diante da tramitação da reforma tributária no Congresso norte-americano e possíveis consequências para a economia e política monetária nos Estados Unidos.

Às 10:23, o dólar recuava 0,19 por cento, a 3,2905 reais na venda, depois de fechar a véspera praticamente estável. O dólar futuro rondava a estabilidade.

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"Há expectativa de piora nas contas norte-americanas e de que a economia não apresente melhora substancial, já que está aquecida", afirmou o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior.

Na véspera, a Câmara dos Deputados norte-americana aprovou a reforma tributária e o Senado, embora tenha feito o mesmo, fez alteração que obriga o texto a ser novamente votado nesta quarta-feira pelos deputados. Mas a expectativa é de que seja aprovado novamente.

O temor dos agentes é de que o pacote tributário possa gerar mais inflação uma vez que a economia já está aquecida, obrigando o Federal Reserve, banco central do país, e ser mais duro e elevar mais os juros. Taxas altas tendem a atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.

Com isso, o dólar tinha pouca variação ante uma cesta de moedas e também sobre divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

Internamente, o volume negociado nos mercados já está mais enxuto por causa do final do ano, o que abre caminho para oscilações um pouco mais intensas.

"O cenário ainda inspira cuidado e, por isso, acredito que o dólar deve ficar rondando os 3,30 reais", afirmou Faria Júnior, referindo-se ao cenário político brasileiro diante da votação da reforma da Previdência marcada para fevereiro.

O Banco Central fará nesta sessão o que deve ser o último leilão de swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos papéis que vencem em janeiro, no total de 9,638 bilhões de dólares. Serão ofertados até 10,8 mil contratos que, se vendidos integralmente, servirão para rolar o volume todo do mês que vem.

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