Mercados

Dólar tem leves oscilações com expectativa por Bolsonaro em Davos

Às 10:15, o dólar recuava 0,10 por cento, a 3,7548 reais na venda, após terminar a sessão anterior em alta de 0,07 por cento, a 3,7587 reais

Câmbio: dólar operava com leves oscilações ante o real no pregão desta terça-feira (Ian Waldie/Reuters)

Câmbio: dólar operava com leves oscilações ante o real no pregão desta terça-feira (Ian Waldie/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 22 de janeiro de 2019 às 09h15.

Última atualização em 22 de janeiro de 2019 às 10h33.

São Paulo - O dólar operava com poucas oscilações ante o real no pregão desta terça-feira, em meio a expectativas para o discurso do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Às 10:15, o dólar recuava 0,10 por cento, a 3,7548 reais na venda, após terminar a sessão anterior em alta de 0,07 por cento, a 3,7587 reais. O dólar futuro operava com estabilidade.

O pregão desta terça-feira se inicia com a expectativa pelo discurso de Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. É a estreia internacional do presidente.

Ele deve usar a sua fala, prevista para 12h30 (no horário de Brasília), para promover a agenda econômica, citando reformas e privatizações e defendendo que o Brasil "mudou".

O mercado também tem em seu radar as reuniões marcadas entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e outras autoridades econômicas mundiais.

"A tendência é que Bolsonaro aborde a necessidade de o país retomar as relações comerciais 'sem viés ideológico'. Já a agenda de Paulo Guedes tem como prioridade atrair novos negócios e investidores", disse a corretora Coinvalores em boletim.

Investidores também continuam no aguardo por novidades e detalhes mais específicos sobre a reforma da Previdência, que deve ser apenas superficialmente citada pela comitiva do governo em Davos.

"Detalhes acerca do texto da reforma da Previdência devem – como já indicado – ficar de lado, deixando o mercado ainda mais ansioso e 'segurando' as compras de Brasil enquanto o tão esperado encaminhamento do texto ao Congresso não ocorre", afirmou a corretora H.Commcor em nota.

"Isso, é claro, considerando que seja um texto com impacto fiscal ao mínimo razoável, não necessariamente 1 trilhão de reais (em 10 anos) mas também não muito abaixo dos 700 bilhões de reais", acrescentou a H.Commcor.

No cenário externo, investidores observam com cautela uma desaceleração no crescimento da economia global após notícias do FMI e da China na segunda-feira.

O Fundo Monetário Internacional cortou suas previsões de crescimento global para 2019 e 2020, citando fraqueza na Europa e em alguns mercados emergentes, além de tensões comerciais.

Também a China informou que registrou em 2018 a taxa de crescimento mais lenta em 28 anos, o que coloca Pequim sob pressão para atuar com novas medidas de estímulo.

No exterior, o dólar se mantinha próximo de uma máxima de três semanas contra uma cesta de moedas nesta terça-feira.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 13,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de fevereiro, no total de 13,398 bilhões de dólares.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

Acompanhe tudo sobre:DavosDólarFórum Econômico MundialJair Bolsonaro

Mais de Mercados

Fundador do Telegram anuncia lucro líquido pela primeira vez em 2024

Banco Central fará leilão à vista de até US$ 3 bi na quinta-feira

Marcopolo avança na eletrificação com aquisição de participação em empresa chilena

Suzano (SUZB3) aprova pagamento de R$ 657 milhões em juros sobre capital próprio