Às 10:11, o dólar recuava 0,29 por cento, a 3,4161 reais na venda, depois de tocar a mínima de 3,4060 reais no dia. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,20 por cento.
"A operação militar dos EUA (e seus aliados) na Síria, até este momento, mostrou-se um ataque pontual e preciso", afirmou um gestor de investimentos de uma corretora nacional, acrescentando que esse cenário abria espaço para a correção.
Nas duas semanas passadas, o dólar acumulou alta 3,82 por cento sobre o real, influenciado pelos temores com a cena política local e as eleições no final de ano, além de eventual guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Forças dos Estados Unidos, França e Reino Unido realizaram ataques aéreos contra a Síria no início do sábado (horário local), em resposta a um ataque com gás venenoso que matou dezenas de pessoas na semana passada, na maior intervenção de potências ocidentais contra o presidente sírio, Bashar al-Assad.
No exterior, o dólar recuava ante a cesta de moedas com investidores respirando um pouco mais aliviados após os ataques. Ante divisas de países emergentes, o dólar operava misto, em queda ante o peso chileno e alta ante o peso mexicano.
Internamente, a cena política continuava no centro das atenções, sobretudo a poucos meses das eleições presidenciais que ainda se mostram bastante incertas. Neste fim de semana, pesquisa Datafolha mostrou que ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguia na liderança da corrida eleitoral, uma semana depois de ter sido preso no âmbito da operação Lava Jato.
Com Lula como candidato, o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) seguia isolado em segundo lugar. Mas sem o petista, a ex-senadora Marina Silva (Rede) cresceu e encostou no deputado, configurando empate técnico. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) também cresceu sem o petista no páreo, passando de 5 para 9 por cento.
"Ainda é cedo, mas a priori não foi uma pesquisa animadora", trouxe a corretora H.Commcor em relatório.
O mercado considera Lula um candidato menos comprometido com o ajuste fiscal e, alguém com posições parecidas, também não agrada.
O Banco Central brasileiro realiza nesta sessão leilão de até 3,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em maio e somam 2,565 bilhões de dólares.
Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.