Mercados

Dólar tem leve alta diante de sinais de recuperação dos EUA

No Brasil, investidores mantinham-se cautelosos, atentos ao quadro eleitoral do país antes da esperada confirmação de Marina Silva como candidata à Presidência


	Dólar: às 10h42, moeda subia 0,05 por cento, a 2,2598 reais na venda, após 3 dias de queda
 (Getty Images)

Dólar: às 10h42, moeda subia 0,05 por cento, a 2,2598 reais na venda, após 3 dias de queda (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2014 às 10h56.

São Paulo - Em dia de poucas notícias, o dólar tinha leve alta ante o real nesta terça-feira, diante de novos sinais de que a economia dos Estados Unidos está se recuperando e que alimentavam algumas expectativas de que a taxa de juros no país pode eventualmente ser elevada um pouco antes do esperado.

No Brasil, investidores também mantinham-se cautelosos, atentos ao quadro eleitoral brasileiro antes da esperada confirmação da ex-senadora Marina Silva como candidata do PSB à Presidência.

Às 10h42, a moeda norte-americana subia 0,05 por cento, a 2,2598 reais na venda, após três dias seguidos de queda. Segundo dados da BM&F, o volume financeiro estava em torno de 15 milhões de dólares.

"Esses dados (norte-americanos) indicam que os Estados Unidos de fato estão se recuperando num ritmo razoável, o que faz o pessoal comprar dólar", afirmou o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano.

Ele referia-se ao início de construções de moradias nos EUA que, em julho, recuperou-se com força e acima do esperado. Por outro lado, os preços ao consumidor norte-americano subiram 0,1 por cento no período, dentro do esperado.

Conforme a recuperação da maior economia do mundo ganha força, cresce a margem que o Federal Reserve, banco central norte-americano, teria para aumentar os juros, aumentando as chances de atrair aos Estados Unidos recursos aplicados em outros mercados, como o Brasil. Nesta sessão, o dólar renovou a máxima em 9 meses contra o euro nesta sessão.

No Brasil, contribuía para a maior tranquilidade no mercado a constante atuação do Banco Central. Na véspera, o dólar recuou ao patamar de 2,25 reais, nível que firmou-se como um piso informal.

"O mercado já colocou na conta que o dólar vai ficar entre 2,25 e 2,30 reais, pelo menos nas próximas semanas", afirmou o operador de uma corretora internacional.

Pela manhã, a autoridade monetária deu continuidade às ofertas diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram 1,4 mil contratos para 1º de junho e 2,6 mil contratos para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a 197 milhões de dólares.

O BC também fará nesta sessão mais um leilão para rolar swaps que vencem em 1º de setembro, com oferta de até 10 mil contratos. Até agora, o BC rolou cerca de metade do lote total, que corresponde a 10,070 bilhões de dólares.

Os investidores continuam atentos também à cena eleitoral brasileira, com as possíveis consequências na corrida presidencial com a entrada de Marina Silva, após a morte de Eduardo Campos (PSB) na semana passada.

"A questão eleitoral está muito incerta. Isso com certeza deixa o mercado com pé atrás", afirmou Romano, da Intercam.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMoedas

Mais de Mercados

Conglomerado de Buffet desfaz quase metade de sua participação na Apple

Nasdaq cai 2,4% puxado por Intel e Amazon e aprofunda correção

Ibovespa cai 1,2% com pessimismo nos EUA e volta aos 125 mil pontos

Payroll, repercussão de balanços das big techs e produção industrial no Brasil: o que move o mercado

Mais na Exame