Dólar tem leva alta e vai a R$3,24 com impeachment e Fed
As cotações ficaram mais sensíveis ao julgamento de impeachment da presidente e a questões sobre quando Fed vai voltar a elevar os juros
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2016 às 18h19.
O dólar fechou em alta frente ao real nesta terça-feira, em mais uma sessão de baixo volume de negócios enquanto investidores aguardavam o desfecho do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e novas pistas sobre quando o Federal Reserve , banco central norte-americano, voltará a elevar os juros.
Por isso, as cotações ficaram mais sensíveis a operações pontuais, reflexo também da briga pela Ptax de agosto, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais.
O dólar avançou 0,24 por cento, a 3,2402 reais na venda, após chegar a 3,2650 reais na máxima da sessão. O dólar futuro subia cerca de 0,22 por cento no fim da tarde.
"Essa maratona do impeachment está chegando ao fim e o mercado mal pode esperar. Está na hora de virar a página", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.
O Senado iniciou nesta tarde a fase de debates no julgamento do impeachment, com troca de argumentos entre senadores favoráveis e contrários ao impedimento da petista. A votação final está prevista para quarta-feira.
O foco agora se volta para os planos de ajuste fiscal do presidente interino Michel Temer, que vem enfrentando dificuldades para angariar apoio no Congresso Nacional. Muitos operadores esperam ver prova de força política no curto prazo.
"A trégua da dúvida acabou e agora o governo tem que mostrar a que veio", escreveu o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, em nota a clientes, João Paulo de Gracia Corrêa.
No cenário externo, dúvidas sobre quando o Fed voltará a elevar os juros mantiveram a pressão sobre o apetite por ativos de risco.
O vice-chair do Fed, Stanley Fischer, afirmou nesta terça-feira que o mercado de trabalho dos EUA está perto do pleno emprego e o ritmo de aumento dos juros vai depender da saúde da economia. Ele não fez comentários sobre quando uma elevação poderia ocorrer.
"Fischer deu um pouco mais de fôlego às especulações sobre a alta de juros do Fed", escreveram analistas do banco Scotiabank em relatório.
"Investidores continuam focados no relatório de emprego dos EUA (payroll) da próxima sexta-feira em busca de pistas sobre o momento da próxima alta de juros", acrescentaram.
Na semana passada, Fischer havia dito que o discurso recente da chair do Fed, Janet Yellen, era "consistente" com a possibilidade de aumento de juros em setembro. As declarações elevaram o dólar globalmente, já que eventual aperto monetário nos EUA reduz a atratividade de outros mercados.
Nesta manhã, o BC vendeu novamente a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares.
O dólar fechou em alta frente ao real nesta terça-feira, em mais uma sessão de baixo volume de negócios enquanto investidores aguardavam o desfecho do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e novas pistas sobre quando o Federal Reserve , banco central norte-americano, voltará a elevar os juros.
Por isso, as cotações ficaram mais sensíveis a operações pontuais, reflexo também da briga pela Ptax de agosto, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais.
O dólar avançou 0,24 por cento, a 3,2402 reais na venda, após chegar a 3,2650 reais na máxima da sessão. O dólar futuro subia cerca de 0,22 por cento no fim da tarde.
"Essa maratona do impeachment está chegando ao fim e o mercado mal pode esperar. Está na hora de virar a página", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.
O Senado iniciou nesta tarde a fase de debates no julgamento do impeachment, com troca de argumentos entre senadores favoráveis e contrários ao impedimento da petista. A votação final está prevista para quarta-feira.
O foco agora se volta para os planos de ajuste fiscal do presidente interino Michel Temer, que vem enfrentando dificuldades para angariar apoio no Congresso Nacional. Muitos operadores esperam ver prova de força política no curto prazo.
"A trégua da dúvida acabou e agora o governo tem que mostrar a que veio", escreveu o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, em nota a clientes, João Paulo de Gracia Corrêa.
No cenário externo, dúvidas sobre quando o Fed voltará a elevar os juros mantiveram a pressão sobre o apetite por ativos de risco.
O vice-chair do Fed, Stanley Fischer, afirmou nesta terça-feira que o mercado de trabalho dos EUA está perto do pleno emprego e o ritmo de aumento dos juros vai depender da saúde da economia. Ele não fez comentários sobre quando uma elevação poderia ocorrer.
"Fischer deu um pouco mais de fôlego às especulações sobre a alta de juros do Fed", escreveram analistas do banco Scotiabank em relatório.
"Investidores continuam focados no relatório de emprego dos EUA (payroll) da próxima sexta-feira em busca de pistas sobre o momento da próxima alta de juros", acrescentaram.
Na semana passada, Fischer havia dito que o discurso recente da chair do Fed, Janet Yellen, era "consistente" com a possibilidade de aumento de juros em setembro. As declarações elevaram o dólar globalmente, já que eventual aperto monetário nos EUA reduz a atratividade de outros mercados.
Nesta manhã, o BC vendeu novamente a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares.