Dólar: moeda terminou o dia com o maior valor desde 19 de março deste ano (Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2014 às 17h18.
São Paulo - O dólar ante o real acelerou a alta na reta final de negócios e terminou o pregão desta sexta-feira, 12, perto das máximas do dia.
Tal movimento continuou recebendo subsídios da pesquisa Ibope, divulgada na manhã de hoje, que voltou a mostrar reação da presidente Dilma Rousseff nas intenções de voto.
Além disso, comentários de dois assessores econômicos da candidata Marina Silva (PSB), sobre reajuste de preços administrados e programa de swap cambial, também pesaram.
Por fim, no exterior, o viés de alta do dólar ante outras moedas emergentes acabou por sedimentar o movimento dos ativos domésticos.
Assim, o dólar à vista no mercado de balcão teve a quinta sessão seguida de alta e encerrou o dia com valorização de 2,01%, cotado a R$ 2,3380 - maior valor desde 19 de março deste ano.
Ao longo do dia, a moeda oscilou entre a mínima de R$ 2,3020 (+0,44%), pela manhã, e a máxima de R$ 2,3450 (+2,31%), já no meio da tarde.
Na semana, a divisa norte-americana acumulou valorização de 4,24%. O giro financeiro registrado na clearing de câmbio da BM&FBovespa era de US$ 938,9 milhões às 16h38.
No mercado futuro, em meio a um giro bastante consistente, já próximo de US$ 30 bilhões, o dólar para outubro subia 1,56%, a R$ 2,3460.
Esse movimento financeiro no mercado futuro teve influência direta de ordens de stop loss, que amplificaram o giro e também a alta das cotações.
Ainda pela manhã, o mercado conheceu a mais recente sondagem CNI/Ibope, que mostrou o fim do empate técnico no primeiro turno, com Dilma à frente, oscilando de 37% para 39%. Marina tem 31% e Aécio, 15%.
Para o segundo turno, a vantagem de Marina Silva sobre Dilma caiu, de 7 pontos para apenas 1. Agora a candidata do PSB tem 43% e a petista, 42%.
O levantamento também apontou que a aprovação da população da política do governo sobre taxa de juros oscilou de 21% para 23%; a aprovação da forma como o governo combate a inflação cresceu quatro pontos percentuais, no limite da margem de erro, e atingiu 25% nesta pesquisa.
Já 68% dos entrevistados desaprovaram essa política, ante 71% na sondagem de junho.
Enquanto isso, no exterior, crescem as expectativas de que o Fed usará um tom mais "hawkish" no comunicado da reunião de política monetária da próxima semana, marcada para os dias 16 e 17.
Essa avaliação ganhou força com a divulgação de números relativamente positivos da economia dos EUA.
Embora tenham vindo ligeiramente abaixo da expectativa, as vendas no varejo norte-americano subiram 0,6% em agosto e os números dos dois meses anteriores foram revisados para cima.
Além disso, o dado sem automóveis avançou mais que o esperado. Já o índice preliminar de sentimento do consumidor dos EUA, medido pela Universidade de Michigan, saltou para 84,6 em setembro, de 82,5 em agosto, superando a previsão de uma leitura de 83,0.
Esses números, somados ao aumento das tensões geopolíticas, fizeram o dólar se valorizar diante da maioria das demais moedas emergentes.