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Dólar supera R$ 2,23 por exterior e rolagem parcial

Comunicado da véspera do Fed, que manteve possibilidade de redução dos estímulos à economia em dezembro, fortaleceu o dólar ante outras moedas no início do dia


	Dólar: no mercado de balcão, o dólar à vista encerrou em alta de 1,64%, a R$ 2,231
 (Scott Eells)

Dólar: no mercado de balcão, o dólar à vista encerrou em alta de 1,64%, a R$ 2,231 (Scott Eells)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2013 às 16h16.

São Paulo - O dólar teve uma série de motivos, tanto no Brasil quanto no exterior, para avançar de forma consistente ante o real nesta quinta-feira, 31.

O comunicado da véspera do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), que manteve a possibilidade de redução dos estímulos à economia em dezembro, fortaleceu o dólar ante outras moedas no início do dia.

A trajetória foi amplificada pela pressão dos investidores comprados, que puxavam o dólar em dia de formação da Ptax de fim de mês. Passada a formação da taxa e com a confirmação de que o Banco Central não rolará um terço dos contratos de swap que vencem na sexta-feira, 01, o dólar passou a acelerar os ganhos.

No mercado de balcão, o dólar à vista encerrou em alta de 1,64%, a R$ 2,231 - maior patamar de fechamento desde 27 de setembro, quando atingiu R$ 2,259. Na mínima, marcou R$ 2,195 (estável) e, na máxima, atingiu R$ 2,236 (+1,87%). No mercado futuro, o dólar para dezembro subia 1,68%, a R$ 2,2455.

O Fed eliminou do documento divulgado após sua reunião de política monetária a referência ao aperto das condições financeiras. Na prática, a instituição pareceu enxergar um cenário mais positivo, o que mantém a possibilidade de uma redução dos estímulos econômicos em dezembro - o que se traduzirá em menos dólares no mundo.

No Brasil, a formação da Ptax intensificou a disputa entre comprados (que apostam na alta da moeda) e vendidos (que querem a baixa). Os investidores estrangeiros - comprados em dólar futuro e cupom cambial - pressionaram pela alta do dólar, enquanto os bancos, na outra ponta, atuavam para segurar a moeda.

O movimento de alta do dólar foi intensificado ainda pela divulgação do índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial de Chicago, medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM), que saltou para 65,9 em outubro, de 55,7 em setembro, alcançando o maior nível desde março de 2011. O número reforçou a leitura de que o Fed possa iniciar, em um futuro próximo, a redução de seus estímulos.

Neste cenário, a Ptax que liquidará os derivativos cambiais na sexta-feira terminou a R$ 2,2026 no meio do dia, em alta de 0,63%. E isso ocorreu sem que o Banco Central tivesse entrado no mercado com mais swaps para rolagem dos vencimentos de novembro. Assim, dos US$ 8,9 bilhões de swaps que vencem amanhã, US$ 2,9 bilhões saem do sistema.

Isso disparou uma aceleração do dólar no período da tarde, com investidores ajustando posições. "Após a terceira tomada da Ptax, o dólar começou a disparar, fazendo preço a rolagem parcial", comentou durante a tarde profissional de um banco.

O operador de uma corretora, que prefere não se identificar, disse que a aceleração pode ter disparado algumas ordens de stop, intensificando o movimento. "O mercado está se ajustando. O dólar ficou muito tempo trabalhando em certo patamar (abaixo dos R$ 2,20), represado, com o pessoal considerando certo limite de alta. Então, pode ter batido alguns stops", comentou.

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