Dólar supera os R$ 2,30 pela 1ª vez desde setembro
O dólar à vista negociado no mercado de balcão fechou em alta de 1,05%, cotado a R$ 2,3060
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2013 às 16h24.
São Paulo - O dólar voltou a subir de forma consistente nesta quinta-feira, 07, influenciado principalmente pelos dados positivos do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no terceiro trimestre.
A moeda americana até chegou a oscilar em baixa pela manhã, após o Banco Central Europeu (BCE) reduzir sua taxa básica de juros de 0,50% para 0,25% ao ano, favorecendo a busca por moedas como o real, mas o PIB americano fez o dólar ultrapassar os R$ 2,30 no balcão.
Por trás do movimento está a leitura de que os EUA estão em recuperação e pode estar próximo o início da retirada, pelo Federal Reserve (Fed), dos incentivos à economia do país.
O dólar à vista negociado no mercado de balcão fechou em alta de 1,05%, cotado a R$ 2,3060. Esta é a primeira vez que a moeda encerra uma sessão acima de R$ 2,30 desde 6 de setembro deste ano, quando marcou R$ 2,3070.
Na mínima do dia, vista às 11h01, o dólar atingiu R$ 2,2730 (-0,39%) e, na máxima, verificada às 16h25, marcou R$ 2,3070 (+1,10%), ajudado ainda por um fluxo de saída de dólares do país na reta final dos negócios. Da mínima para a máxima, a moeda oscilou +1,50%.
Pela manhã, após abrir em alta, a moeda chegou a oscilar em baixa ante o real, depois do BCE reduzir sua taxa de juros, surpreendendo boa parte do mercado.
Essa perspectiva de maior liquidez favoreceu a busca por moedas emergentes como o real, o que fez o dólar recuar. No fim da manhã, porém, os EUA informaram que o dado preliminar do PIB apontou crescimento anual de 2,8% no terceiro trimestre deste ano, acima dos 2,0% previstos pelo mercado.
Este avanço - apesar de posteriormente relativizado por alguns analistas - deu força ao dólar ante o real, em meio à percepção de que uma economia mais forte eleva as chances de o Fed começar a reduzir seus estímulos já em dezembro. Por esta lógica, se o BC americano diminuir suas compras mensais de bônus, haverá menos dólares no mundo, o que dá força à moeda americana.
"O PIB americano motivou a alta do dólar no mundo inteiro e no Brasil não foi diferente", comentou um profissional da mesa de câmbio de um banco. "Quando o dado do PIB saiu (às 11h30), não fez tanto efeito por causa da Ptax, que ainda não havia fechado. O mercado ainda estava influenciado pelos R$ 500 milhões do leilão de swap pela manhã. Quando a Ptax fechou, o dólar passou a subir mais livremente", acrescentou.
Mais cedo, o BC vendeu 10 mil contratos de swap cambial (equivalente à venda de moeda no mercado futuro) dentro de seu estratégia de intervenções diárias, injetando US$ 496,6 milhões no sistema.
No Brasil, como vem ocorrendo nas sessões mais recentes, a pressão de alta para o dólar foi superior à vista no exterior, em função da desconfiança do mercado em relação à condução da economia. "O mercado está se antecipando à retirada de estímulos nos Estados Unidos.
E o fluxo cambial (para o Brasil) que se esperava não se tornou realidade, porque o cenário ruim para o País é muito evidente", afirmou Sidney Nehme, sócio da NGO Corretora.
São Paulo - O dólar voltou a subir de forma consistente nesta quinta-feira, 07, influenciado principalmente pelos dados positivos do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no terceiro trimestre.
A moeda americana até chegou a oscilar em baixa pela manhã, após o Banco Central Europeu (BCE) reduzir sua taxa básica de juros de 0,50% para 0,25% ao ano, favorecendo a busca por moedas como o real, mas o PIB americano fez o dólar ultrapassar os R$ 2,30 no balcão.
Por trás do movimento está a leitura de que os EUA estão em recuperação e pode estar próximo o início da retirada, pelo Federal Reserve (Fed), dos incentivos à economia do país.
O dólar à vista negociado no mercado de balcão fechou em alta de 1,05%, cotado a R$ 2,3060. Esta é a primeira vez que a moeda encerra uma sessão acima de R$ 2,30 desde 6 de setembro deste ano, quando marcou R$ 2,3070.
Na mínima do dia, vista às 11h01, o dólar atingiu R$ 2,2730 (-0,39%) e, na máxima, verificada às 16h25, marcou R$ 2,3070 (+1,10%), ajudado ainda por um fluxo de saída de dólares do país na reta final dos negócios. Da mínima para a máxima, a moeda oscilou +1,50%.
Pela manhã, após abrir em alta, a moeda chegou a oscilar em baixa ante o real, depois do BCE reduzir sua taxa de juros, surpreendendo boa parte do mercado.
Essa perspectiva de maior liquidez favoreceu a busca por moedas emergentes como o real, o que fez o dólar recuar. No fim da manhã, porém, os EUA informaram que o dado preliminar do PIB apontou crescimento anual de 2,8% no terceiro trimestre deste ano, acima dos 2,0% previstos pelo mercado.
Este avanço - apesar de posteriormente relativizado por alguns analistas - deu força ao dólar ante o real, em meio à percepção de que uma economia mais forte eleva as chances de o Fed começar a reduzir seus estímulos já em dezembro. Por esta lógica, se o BC americano diminuir suas compras mensais de bônus, haverá menos dólares no mundo, o que dá força à moeda americana.
"O PIB americano motivou a alta do dólar no mundo inteiro e no Brasil não foi diferente", comentou um profissional da mesa de câmbio de um banco. "Quando o dado do PIB saiu (às 11h30), não fez tanto efeito por causa da Ptax, que ainda não havia fechado. O mercado ainda estava influenciado pelos R$ 500 milhões do leilão de swap pela manhã. Quando a Ptax fechou, o dólar passou a subir mais livremente", acrescentou.
Mais cedo, o BC vendeu 10 mil contratos de swap cambial (equivalente à venda de moeda no mercado futuro) dentro de seu estratégia de intervenções diárias, injetando US$ 496,6 milhões no sistema.
No Brasil, como vem ocorrendo nas sessões mais recentes, a pressão de alta para o dólar foi superior à vista no exterior, em função da desconfiança do mercado em relação à condução da economia. "O mercado está se antecipando à retirada de estímulos nos Estados Unidos.
E o fluxo cambial (para o Brasil) que se esperava não se tornou realidade, porque o cenário ruim para o País é muito evidente", afirmou Sidney Nehme, sócio da NGO Corretora.