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Dólar reduz alta após BC vender oferta parcial de swaps

O BC fará pela manhã leilão de até 14,5 mil swaps cambiais reversos, contratos que equivalem a compra futura de dólares

Dólar: o BC fará pela manhã leilão de até 14,5 mil swaps cambiais reversos, contratos que equivalem a compra futura de dólares (Thinkstock/Ingram Publishing)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de março de 2016 às 11h07.

São Paulo - O dólar reduziu a alta e passou a operar com leve valorização frente ao real nesta terça-feira após o Banco Central vender apenas parcialmente a oferta de swaps cambiais reversos, que equivalem a compra futura de dólares, pelo segundo dia consecutivo.

Alguns operadores viram na manobra um sinal de que a autoridade monetária não teria em vista patamares específicos para o câmbio, priorizando a redução de sua exposição cambial.

O leilão também atenderia à demanda, ainda que fraca, de investidores que querem se desfazer de apostas na alta da moeda norte-americana.

Às 10h39, o dólar avançava 0,29 por cento, a 3,6206 reais na venda, após atingir 3,6536 reais na máxima e 3,6099 reais na mínima.

"O estoque (de swaps tradicionais do BC) é muito grande e ele precisa aproveitar qualquer janela para reduzi-lo", afirmou o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho.

O BC vendeu nesta manhã 10 mil swaps reversos do lote de até 14,5 mil swaps reversos, oferta equivalente ao número de contratos não vendidos no leilão de até 20 mil contratos na véspera.

Os contratos colocados nesta sessão têm vencimento em 1º de julho de 2016, assim como na operação anterior, mas a data de início foi adiantada para 23 de março, de 1º de abril anteriormente.

"A operação de hoje é um indicador melhor da demanda, porque você dificilmente convence alguém a comprar um contrato que começa no mês que vem com o mercado volátil como está", acrescentou.

O BC atualmente administra estoque equivalente a pouco menos de 110 bilhões de dólares em swaps tradicionais, contratos equivalentes a venda futura de dólares -- ou seja, que agem na ponta inversa dos swaps reversos.

Essas operações tendem a gerar gastos para o BC quando o dólar sobe com força, atraindo críticas de alguns analistas.

Alguns operadores suspeitavam ainda que o BC teria em mente cotações mais altas para o dólar, buscando evitar pressionar as exportações em um momento de forte recessão econômica, mas essa interpretação perdeu um pouco de força após as vendas parciais.

"Se o BC quisesse jogar o dólar para cima, não seguraria a artilharia", disse o operador de um banco internacional.

Mais tarde, o BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps tradicionais a vencer em abril, que equivalem a posição vendida de 10,092 bilhões de dólares, com oferta de até 3,6 mil contratos.

A crise política brasileira tem provocado forte volatilidade no mercado de câmbio, com o dólar variando mais de 1 por cento para cima ou para baixo em 12 dos 15 pregões deste mês.

A moeda norte-americana acumulou queda de 9,82 por cento em março até a véspera.

Nesta sessão, o dólar era pressionado também nos mercados externos pelos ataques coordenados em Bruxelas, que espalhavam o medo pela Europa e levaram alguns países da região a bloquearam o transporte entre as fronteiras.

Pelo menos 26 pessoas morreram nos ataques a um aeroporto de Bruxelas e a um trem do metrô na hora do rush na capital belga nesta terça-feira.

Matéria atualizada às 11h06

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São Paulo - O dólar reduziu a alta e passou a operar com leve valorização frente ao real nesta terça-feira após o Banco Central vender apenas parcialmente a oferta de swaps cambiais reversos, que equivalem a compra futura de dólares, pelo segundo dia consecutivo.

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O leilão também atenderia à demanda, ainda que fraca, de investidores que querem se desfazer de apostas na alta da moeda norte-americana.

Às 10h39, o dólar avançava 0,29 por cento, a 3,6206 reais na venda, após atingir 3,6536 reais na máxima e 3,6099 reais na mínima.

"O estoque (de swaps tradicionais do BC) é muito grande e ele precisa aproveitar qualquer janela para reduzi-lo", afirmou o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho.

O BC vendeu nesta manhã 10 mil swaps reversos do lote de até 14,5 mil swaps reversos, oferta equivalente ao número de contratos não vendidos no leilão de até 20 mil contratos na véspera.

Os contratos colocados nesta sessão têm vencimento em 1º de julho de 2016, assim como na operação anterior, mas a data de início foi adiantada para 23 de março, de 1º de abril anteriormente.

"A operação de hoje é um indicador melhor da demanda, porque você dificilmente convence alguém a comprar um contrato que começa no mês que vem com o mercado volátil como está", acrescentou.

O BC atualmente administra estoque equivalente a pouco menos de 110 bilhões de dólares em swaps tradicionais, contratos equivalentes a venda futura de dólares -- ou seja, que agem na ponta inversa dos swaps reversos.

Essas operações tendem a gerar gastos para o BC quando o dólar sobe com força, atraindo críticas de alguns analistas.

Alguns operadores suspeitavam ainda que o BC teria em mente cotações mais altas para o dólar, buscando evitar pressionar as exportações em um momento de forte recessão econômica, mas essa interpretação perdeu um pouco de força após as vendas parciais.

"Se o BC quisesse jogar o dólar para cima, não seguraria a artilharia", disse o operador de um banco internacional.

Mais tarde, o BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps tradicionais a vencer em abril, que equivalem a posição vendida de 10,092 bilhões de dólares, com oferta de até 3,6 mil contratos.

A crise política brasileira tem provocado forte volatilidade no mercado de câmbio, com o dólar variando mais de 1 por cento para cima ou para baixo em 12 dos 15 pregões deste mês.

A moeda norte-americana acumulou queda de 9,82 por cento em março até a véspera.

Nesta sessão, o dólar era pressionado também nos mercados externos pelos ataques coordenados em Bruxelas, que espalhavam o medo pela Europa e levaram alguns países da região a bloquearam o transporte entre as fronteiras.

Pelo menos 26 pessoas morreram nos ataques a um aeroporto de Bruxelas e a um trem do metrô na hora do rush na capital belga nesta terça-feira.

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