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Dólar sobe e encosta em R$2,50 com especulação eleitoral

Às 13h06, a moeda norte-americana subia 0,22 por cento, a 2,4903 reais na venda, após atingir 2,4990 reais na máxima do dia


	Dólar encosta em 2,50 reais, em meio a especulações sobre resultados de pesquisas eleitorais esperadas para este noite
 (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Dólar encosta em 2,50 reais, em meio a especulações sobre resultados de pesquisas eleitorais esperadas para este noite (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 13h22.

São Paulo - O dólar anulou a queda vista durante toda a manhã e passava a subir nesta quinta-feira, encostando em 2,50 reais, em meio a especulações sobre resultados de pesquisas eleitorais esperadas para este noite.

Preocupações com as crescentes chances de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), cuja política econômica é alvo de críticas nos mercados, têm impulsionado a divisa dos EUA nas últimas semanas.

Às 13h06, a moeda norte-americana subia 0,22 por cento, a 2,4903 reais na venda, após atingir 2,4990 reais na máxima do dia, maior patamar intradia desde final de 2008. Na mínima do dia, o dólar foi a 2,4701 reais. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 1,2 bilhão de dólares.

"Já começaram os boatos de que as pesquisas vão mostrar que Dilma tem um caminho mais fácil pela frente", afirmou o economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank, Jankiel Santos.

Levantamentos do Datafolha e do Ibope, atentamente monitorados pelo mercado, devem ser divulgados nesta quinta-feira. Além disso, nesta noite, os três candidatos participarão de debate transmitido na TV Globo, último antes do primeiro turno das eleições e o qual estava sendo aguardado pelos investidores.

Segundo operadores, circulavam nas mesas de câmbio rumores de que Dilma teria ampliado ainda mais a vantagem sobre sua rival Marina Silva (PSB). Com isso, o dólar anulou a queda vista na primeira metade do pregão e passou a subir ante o real, descolando-se do exterior, onde a divisa norte-americana enfraquecia contra moedas como euro e o peso mexicano .

Já pela manhã, analistas afirmaram que o alívio do câmbio no Brasil não deveria durar. "(O movimento desta sessão) é um recuo temporário para ajustar posições, não uma tendência", afirmou mais cedo o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que correspondem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 1,5 mil contratos para 1º de junho e 2,5 mil para 1º de setembro de 2015, com volume equivalente a 197,1 milhões de dólares.

O BC também vendeu nesta sessão a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos de novembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 9 por cento do lote total, equivalente a 8,84 bilhões de dólares. (Edição de Patrícia Duarte)

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