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Dólar sobe e se aproxima de R$3,80 com exterior e política local

Às 10h16, o dólar avançava 0,65%, a 3,7904 reais na venda, depois de terminar com leve baixa de 0,03% na última sessão

Dólar: dólar futuro tinha alta de cerca de 0,45% (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Dólar: dólar futuro tinha alta de cerca de 0,45% (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 9 de agosto de 2018 às 09h18.

Última atualização em 9 de agosto de 2018 às 10h26.

São Paulo- O dólar subia nesta quinta-feira e voltava a se aproximar do patamar de 3,80 reais diante da cautela com a cena eleitoral local e seguindo o cenário externo, em ambiente de guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros.

Às 10:16, o dólar avançava 0,65 por cento, a 3,7904 reais na venda, depois de terminar com leve baixa de 0,03 por cento na última sessão. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,45 por cento.

"Com mais de 30 por cento dos eleitores com votos brancos e nulos, e os eleitores indecisos, o evento é visto como uma grande oportunidade para candidatos melhorarem seu desempenho", escreveu a corretora XP Investimentos em nota, referindo-se ao primeiro debate entre os candidatos à Presidência nesta noite.

O mercado tem se mostrado bastante sensível à corrida eleitoral, com candidatos que considera mais voltados a reformas e ajustes fiscais sem ganhar tração na preferência do eleitorado, com destaque para Geraldo Alckmin (PSDB).

Em duas pesquisas realizadas apenas no Estado de São Paulo, o tucano e ex-governador paulista aparece em empate técnico com o candidato do PSL, Jair Bolsonaro.

O mercado também não gostou da notícia de que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovaram na véspera aumento de 16,38 por cento em seus salários a partir de 2019, encaminhando a proposta ao Ministério do Planejamento, o que deverá gerar efeito cascata em todo o Judiciário.

Caso aprovado, os reajustes podem aumentar em pouco menos de 1 bilhão de reais as despesas do governo no ano que vem, cuja meta de déficit primário é de 139 bilhões de reais.

"Aparentemente, os poderes não intuíram a gravidade da situação fiscal brasileira", afirmou o economista-chefe do Home Broker ModalMais, Alvaro Bandeira.

No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e também sobre a maioria das divisas de países emergentes, como o peso chileno, diante da percepção de que a intensificação na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China afetaria mais as economias voltadas para a exportação.

O Banco Central brasileiro realiza nesta sessão leilão de até 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de setembro, no total de 5,255 bilhões de dólares.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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