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Dólar sobe com exterior e após dados internos ruins

Indicadores ruins sobre atividade econômica no Brasil tiraram força do real, assim como dado de inflação baixa, que diminui possibilidade de nova alta de juros


	Dólares: dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,2220, com alta de 0,68%
 (Juan Barreto/AFP)

Dólares: dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,2220, com alta de 0,68% (Juan Barreto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2014 às 17h02.

São Paulo - O dólar fechou em alta ante o real nesta quinta-feira, 15, em linha com a tendência de fortalecimento da divisa norte-americana no exterior.

A decepção com o PIB da zona do euro no primeiro trimestre pressionou a moeda comum europeia e levou junto moedas emergentes e ligadas a commodities.

Ao mesmo tempo, indicadores ruins sobre a atividade econômica no Brasil tiraram força do real, assim como um dado de inflação baixa, que diminui a possibilidade de uma nova alta de juros.

O dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,2220, com alta de 0,68%. Por volta das 16h30, o giro registrado na clearing de câmbio da BM&FBovespa era de US$ 1,20 bilhão.

No mercado futuro, o dólar para junho avançava 0,81%, a R$ 2,2310. O volume de negociação estava em quase US$ 15,24 bilhões.

A economia da zona do euro teve desempenho mais fraco que o esperado no primeiro trimestre de 2014.

Dados publicados hoje pela Eurostat mostram que o PIB do bloco cresceu 0,2% de janeiro a março ante o trimestre imediatamente anterior.

Analistas consultados pela Dow Jones Newswires previam alta maior, de 0,4%. Já o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,7% em abril ante o mesmo mês do ano passado, bem abaixo da meta, definida como ao redor de 2%.

Isso sugere que o Banco Central Europeu (BCE) deve mesmo adotar mais medidas de estímulo na reunião do próximo mês, o que pressionou o euro.

No noticiário doméstico, a FGV informou que a inflação de maio medida pelo IGP-10 subiu 0,13%, desacelerando-se ante a alta de 1,19% verificada em abril.

O resultado ficou dentro das estimativas de analistas ouvidos pelo AE Projeções, mas abaixo da mediana, de 0,29%.

Já o IBGE divulgou que as vendas do comércio varejista recuaram 0,5% em março ante fevereiro, o pior resultado para o setor, no conceito restrito, desde maio de 2012, e contrariando a previsão mediana de estabilidade.

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