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Dólar sobe com expectativas sobre eleições

No fim do dia, o dólar à vista subiu 0,16%, para R$ 2,4880 no balcão, após zerar perdas com as especulações eleitorais na reta final da negociação


	Dólar: moeda iniciou a sessão com ligeiro viés de baixa ante o real
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Dólar: moeda iniciou a sessão com ligeiro viés de baixa ante o real (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 17h30.

São Paulo - O dólar fechou com ligeira alta nesta quinta-feira, 2, ainda no maior patamar desde 8 de dezembro de 2008, após oscilar entre perdas e ganhos durante a sessão, reagindo ao recuo registrado ante outras divisas no exterior e a expectativas eleitorais.

No fim do dia, o dólar à vista subiu 0,16%, para R$ 2,4880 no balcão, após zerar perdas com as especulações eleitorais na reta final da negociação.

O volume de negócios totalizou US$ 2,352 bilhões, sendo US$ 1,798 bilhão em D+2.

No mercado futuro, o dólar para novembro tinha alta de 0,26%, negociado a R$ 2,5085.

O dólar iniciou a sessão com ligeiro viés de baixa ante o real, seguindo o comportamento registrado em relação a outras moedas no exterior, enquanto os investidores digeriam a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e dados da produção industrial brasileira.

O Banco Central Europeu (BCE) manteve hoje suas três principais taxas de juros inalteradas na reunião de política monetária.

A decisão decepcionou os investidores, que esperavam mais medidas de estímulo, o que acabou provocando queda das bolsas europeias e alta do euro e dos bônus do governo alemão.

Na entrevista que se seguiu à decisão, o presidente da autoridade monetária, Mario Draghi, evitou comentar a possibilidade de adoção de novas medidas de relaxamento quantitativo e deu apenas detalhes técnicos sobre o programa de compras de ativos, que já havia sido anunciado.

Ele informou que os programas de compras de títulos lastreados em ativos (ABS, na sigla em inglês) e bônus cobertos vão começar no quarto trimestre e durarão pelo menos dois anos.

Na agenda de indicadores domésticos o destaque foram os dados da produção industrial.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) disse que a produção industrial subiu 0,7% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal.

O resultado veio no teto do intervalo de expectativas dos analistas de 50 instituições ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde queda de 0,7% a avanço de 0,7%, com mediana de +0,15%.

Segundo analistas, um movimento de realização ajudou a pressionar a moeda mais cedo, após as máximas atingidas nesta semana. No fechamento de ontem, o dólar subiu 1,39%, a R$ 2,4840, também no maior nível desde 8 de dezembro de 2008.

A moeda reduziu as perdas e passou a oscilar entre perdas e ganhos até o fim do pregão, em meio às expectativas com o debate dos candidatos à Presidência, que será transmitido pela TV Globo, a partir das 22h, e com a divulgação das pesquisas Datafolha e Ibope, também na noite de hoje.

O Banco Central realizou leilões de contratos de swaps cambiais, incluindo um de rolagem, mas as ofertas têm mostrado efeito bem limitado e pontual, afirmaram operadores.

O Banco Central vendeu os 4 mil contratos de swap cambial ofertados hoje para os dois vencimentos, no valor total de US$ 197,1 milhões.

Na operação de rolagem, a instituição vendeu os 8 mil contratos de swap cambial ofertados, que vencem em 3 de novembro de 2014. O valor total da operação foi de US$ 393,3 milhões.

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