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Dólar sobe após quatro quedas, influenciado por exterior

Às 11:05, o dólar avançava 0,46 por cento, a 3,8309 reais na venda

Câmbio: dólar operava em alta ante o real nesta quinta-feira (Divulgação/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 14 de março de 2019 às 10h28.

Última atualização em 14 de março de 2019 às 11h14.

São Paulo — O dólar operava em alta ante o real nesta quinta-feira, ensaiando quebrar uma sequência de quatro quedas, influenciado pelo ambiente externo, onde moedas de perfil semelhante à brasileira depreciam diante de dados mais fracos da China e de renovadas incertezas sobre a situação comercial entre Washington e Pequim.

Às 11:05, o dólar avançava 0,46 por cento, a 3,8309 reais na venda. Na B3, o contrato referência para o dólar futuro tinha alta de 0,43 por cento, para 3,8335 reais.

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As operações locais reagem sobretudo ao movimento externo, onde o dólar subia cerca de 0,2 por cento frente a uma cesta de divisas, que inclui euro e iene.

Mas o desempenho mais forte era contra moedas de perfil semelhante ao real, como os dólares da Austrália e da Nova Zelândia, que sentem os efeitos dos dados mais fracos da China, principal destino das exportações desses países e também do Brasil.

A Bloomberg noticiou nesta quinta-feira, citando fontes não identificadas, que um encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, para resolver a guerra comercial não acontecerá neste mês e é mais provável que ocorra em abril.

"As notícias de que os dois países adiaram uma nova rodada de conversas também estão pesando, porque indicam que uma resolução para o problema comercial, que afetou os mercados em todo o mundo no ano passado, não está tão próxima", disse Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil.

A retomada das compras de dólares no mercado doméstico nesta sessão também encontra espaço na ausência de novas notícias positivas no campo da reforma da Previdência. Na noite de quarta-feira, como esperado, a Câmara dos Deputados instalou sua Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), primeiro órgão colegiado que analisará o texto que muda as regras previdenciárias.

A expectativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é que a CCJ possa analisar a admissibilidade da proposta até o dia 28 deste mês. O foco do mercado se volta para a proposta de novas regras para os militares, a ser encaminhada até dia 20 pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.

"Apesar das dificuldades encontradas, seguimos confiantes de que a reforma da Previdência será aprovada ainda este ano e mantemos um posicionamento otimista", dizem em nota gestores da Gauss Capital, que mantêm posições em bolsa, na inclinação da curva de juros e no real.

O Banco Central realiza nesta quinta-feira leilão de até 14,5 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de abril, no total de 12,321 bilhões de dólares.

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