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Dólar sobe antes de estimativa do PIB dos Estados Unidos

O governo já avisou ao Congresso Nacional que não cumprirá a meta de superávit primário de R$ 5,8 bilhões e prevê agora um déficit de R$ 51,8 bilhões


	Dólar: o resultado primário de janeiro até setembro foi deficitário em R$ 20,938 bilhões, o pior resultado para o período da série histórica, que tem início em 1997
 (Ingram Publishing/ThinkStock)

Dólar: o resultado primário de janeiro até setembro foi deficitário em R$ 20,938 bilhões, o pior resultado para o período da série histórica, que tem início em 1997 (Ingram Publishing/ThinkStock)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2015 às 10h27.

São Paulo - O avanço do dólar na manhã desta quinta-feira, 29, está em linha com o movimento visto ante outras moedas emergentes e ligadas a commodities, com investidores na expectativa da primeira estimativa do PIB dos EUA do terceiro trimestre.

A moeda à vista no balcão subia 0,30%, a R$ 3,9276 às 9h37. O dólar para novembro subia 0,52%, a R$ 3,9295.

Os mercados domésticos ainda processam uma batelada de informações (ata do Copom, Governo Central e Pnad Contínua), enquanto esperam para saber quanto a economia dos Estados Unidos cresceu no primeiro trimestre.

O Governo Central (Tesouro, Previdência e Banco Central) voltou a registrar em setembro um resultado deficitário, ficando em - R$ 6,932 bilhões. O resultado foi melhor que a mediana das estimativas (R$ 13,6 bilhões, no levantamento AE Projeções.

Com isso, o resultado primário de janeiro até setembro foi deficitário em R$ 20,938 bilhões, o pior resultado para o período da série histórica, que tem início em 1997.

Em 12 meses, o Governo Central acumula déficit de R$ 22,3 bilhões - o equivalente a -0,39% do PIB. O governo já avisou na terça-feira, 27, ao Congresso Nacional que não cumprirá a meta de superávit primário de R$ 5,8 bilhões e prevê agora um déficit de R$ 51,8 bilhões.

Com relação à ata, o BC ponderou que a deterioração da política fiscal impactou o cenário de inflação do BC.

O BC também deixou de ver o IPCA cair para 4,5% ao fim de 2016 e jogou essa projeção para o fim "do horizonte relevante", os últimos meses de 2017.

Já a Pnad contínua mostrou que a taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,7% no trimestre até agosto de 2015, o maior resultado da série, iniciada em janeiro de 2012. Em igual período do ano passado, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua ficou em 6,9%.

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