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Dólar sobe ante real com Ptax e de olho em greve e manifestações

Às 10:47, a moeda americana avançava 0,60 por cento, a 3,2010 reais na venda, depois de acumular alta de 1,77 por cento nos três pregões anteriores

Dólar: Banco Central não anunciou qualquer intervenção para o mercado de câmbio para esta sessão (AFP/AFP)

Dólar: Banco Central não anunciou qualquer intervenção para o mercado de câmbio para esta sessão (AFP/AFP)

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Reuters

Publicado em 28 de abril de 2017 às 10h57.

São Paulo - O dólar subia ante o real nesta sexta-feira, influenciado pela pressão compradora dos investidores para a formação da Ptax deste mês e ainda num movimento de cautela por conta das eventuais consequências da greve geral e das manifestações no andamento da reforma da Previdência.

Às 10:47, o dólar avançava 0,60 por cento, a 3,2010 reais na venda, depois de acumular alta de 1,77 por cento nos três pregões anteriores. O dólar futuro subia 0,45 por cento.

"A briga da Ptax começou há alguns dias, mas hoje é o dia mais forte", comentou o diretor de operações da Mirae Asset, Pablo Spyer.

A Ptax é uma taxa medida pelo Banco Central e usada para balizar diversos contratos cambiais. Os investidores que apostam na alta da moeda norte-americano têm conseguido se impor nesse mês.

O feriado prolongado, devido ao do Dia do Trabalho na segunda-feira e que manterá os mercados fechados, e a greve geral e manifestações nesta sessão também pressionavam o câmbio.

Manifestantes bloquearam importantes vias de diversas cidades do país nesta sexta-feira, incluindo acessos a aeroportos e ao porto de Santos, e trabalhadores de diferentes categorias decidiram aderir à greve geral convocada por movimentos sindicais em protesto contra reformas consideradas prioritárias pelo governo do presidente Michel Temer.

O transporte público foi afetado nas principais capitais do país, e escolas e estabelecimentos comerciais fecharam as portas.

"Se esse movimento (de greve) no país se caracterizar como muito forte pode ter impacto na votação da reforma da Previdência. Se for fraco, dá força para o governo Temer", afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

O BC não anunciou qualquer intervenção para o mercado de câmbio para esta sessão, por ora.

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