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Dólar sobe acompanhando mercado externo

Há pouco, o dólar à vista era cotado a R$ 2,689 (+1,28%) no balcão

Notas do dólar: valorização da moeda norte-americana é generalizada no exterior (Arquivo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 09h47.

São Paulo - O mercado de câmbio começa o dia ajustando as cotações do dólar para cima seguindo o rumo da moeda no exterior. Há pouco, o dólar à vista era cotado a R$ 2,689 (+1,28%) no balcão.

O volume de negócios, contudo, tende a ser reduzido em uma sessão espremida entre o feriado de ano-novo e o fim de semana. A valorização da moeda norte-americana é generalizada no exterior, ainda que não haja uma novidade forte para justificar o movimento.

O que segue no radar é a percepção de que a economia norte-americana se destaca e torna cada vez mais próximo o momento em que as taxas de juros dos Federal Reserve precisarão ser elevadas.

Em relação ao euro, há o impacto de entrevista, do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi.

Ele disse que BCE está pronto para reagir ao risco de deflação. Ainda que não seja nova, a sinalização reascende esperanças de que um relaxamento quantitativo e essa perspectiva derruba o euro para o menor patamar desde 2010.

Internamente, o mercado vai repercutir os acontecimentos de quinta-feira, 01, em Brasília, mas deve influenciar mais a expectativa com as medidas concretas para a economia.

Os investidores consideraram que o ajuste fiscal necessário começou bem com as mudanças anunciadas nos benefícios sociais na semana passada, mas avaliam que é necessário mais e estão no aguardo.

Hoje toma posse o novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e as atenções estarão focadas em seu discurso e na presença do indicado à Fazenda, Joaquim Levy. Este assume o cargo na próxima segunda-feira e a perspectiva é de que novas ações da pasta já sejam anunciadas.

Por ora, o mercado está satisfeito, mas cauteloso. Durante as cerimônias de posse que tomaram conta de Brasília ontem, o tom do discurso da presidente Dilma e os comentários dos ministros indicados para a área econômica foram no mesmo sentido e reforçaram a ideia de reformas em 2015.

Os representantes do mercado ouvidos pela Agência Estado nesta quinta-feira gostaram, mas alertam que o rigor tem que ser mantido para além deste ano.

Um dos destaques do feriado de ano foi o fluxo cambial, anunciado no início da tarde de quarta-feira, mostrando que até o dia 26, a saída líquida de dólares do País soma US$ 10,8 bilhões.

Com apenas mais dois dias úteis a serem ainda contabilizados este ano, o mais provável é que o mês encerre com uma saída de moeda estrangeira superior à verificada no mesmo mês de 2013, de US$ 8,8 bilhões.

Se isso se confirmar nos primeiros dias de janeiro, será a maior remessa de divisas em um mês desde setembro de 1998 (US$ 18,9 bilhões).

Além disso, na noite do dia 30, último dia de pregão de 2014, o BC anunciou a oferta de até 2 mil contratos (US$ 100 milhões), para hoje. Anteriormente, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini já havia indicado que manteria o programa de operações diárias que foi criado em agosto de 2013.

Também tinha informado que o volume deveria ficar entre 50 milhões e US$ 200 e, portanto, a percepção dos operadores é de que essa medida não deve ter peso definitivo nos negócios.

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O volume de negócios, contudo, tende a ser reduzido em uma sessão espremida entre o feriado de ano-novo e o fim de semana. A valorização da moeda norte-americana é generalizada no exterior, ainda que não haja uma novidade forte para justificar o movimento.

O que segue no radar é a percepção de que a economia norte-americana se destaca e torna cada vez mais próximo o momento em que as taxas de juros dos Federal Reserve precisarão ser elevadas.

Em relação ao euro, há o impacto de entrevista, do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi.

Ele disse que BCE está pronto para reagir ao risco de deflação. Ainda que não seja nova, a sinalização reascende esperanças de que um relaxamento quantitativo e essa perspectiva derruba o euro para o menor patamar desde 2010.

Internamente, o mercado vai repercutir os acontecimentos de quinta-feira, 01, em Brasília, mas deve influenciar mais a expectativa com as medidas concretas para a economia.

Os investidores consideraram que o ajuste fiscal necessário começou bem com as mudanças anunciadas nos benefícios sociais na semana passada, mas avaliam que é necessário mais e estão no aguardo.

Hoje toma posse o novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e as atenções estarão focadas em seu discurso e na presença do indicado à Fazenda, Joaquim Levy. Este assume o cargo na próxima segunda-feira e a perspectiva é de que novas ações da pasta já sejam anunciadas.

Por ora, o mercado está satisfeito, mas cauteloso. Durante as cerimônias de posse que tomaram conta de Brasília ontem, o tom do discurso da presidente Dilma e os comentários dos ministros indicados para a área econômica foram no mesmo sentido e reforçaram a ideia de reformas em 2015.

Os representantes do mercado ouvidos pela Agência Estado nesta quinta-feira gostaram, mas alertam que o rigor tem que ser mantido para além deste ano.

Um dos destaques do feriado de ano foi o fluxo cambial, anunciado no início da tarde de quarta-feira, mostrando que até o dia 26, a saída líquida de dólares do País soma US$ 10,8 bilhões.

Com apenas mais dois dias úteis a serem ainda contabilizados este ano, o mais provável é que o mês encerre com uma saída de moeda estrangeira superior à verificada no mesmo mês de 2013, de US$ 8,8 bilhões.

Se isso se confirmar nos primeiros dias de janeiro, será a maior remessa de divisas em um mês desde setembro de 1998 (US$ 18,9 bilhões).

Além disso, na noite do dia 30, último dia de pregão de 2014, o BC anunciou a oferta de até 2 mil contratos (US$ 100 milhões), para hoje. Anteriormente, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini já havia indicado que manteria o programa de operações diárias que foi criado em agosto de 2013.

Também tinha informado que o volume deveria ficar entre 50 milhões e US$ 200 e, portanto, a percepção dos operadores é de que essa medida não deve ter peso definitivo nos negócios.

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