Dólar sobe a R$ 1,686 com novo IOF para estrangeiro
Por Silvana Rocha São Paulo - A nova elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para capital estrangeiro na renda fixa teve efeito no mercado de câmbio hoje e o dólar comercial fechou as negociações em alta de 1,32%, cotado a R$ 1,686. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista subiu […]
Da Redação
Publicado em 19 de outubro de 2010 às 16h20.
Por Silvana Rocha
São Paulo - A nova elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para capital estrangeiro na renda fixa teve efeito no mercado de câmbio hoje e o dólar comercial fechou as negociações em alta de 1,32%, cotado a R$ 1,686. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista subiu 1,06% para R$ 1,6832.
Pressionado pelo avanço externo do dólar após a China elevar os juros e a nova alta do IOF no Brasil, a moeda norte-americana foi negociada em alta em relação ao real durante todo o dia. A taxa máxima registrada hoje durante a sessão foi de R$ 1,70, enquanto a mínima ficou em R$ 1,681. No mês, o dólar comercial acumula queda de 0,35%.
Apenas duas semanas após elevar o IOF sobre os fluxos de investidor estrangeiro para renda fixa de 2% para 4%, o Ministério da Fazenda decidiu ontem à noite aumentar a partir de hoje a alíquota do tributo para 6%. A novidade agora foi a subida do IOF para 6% (anteriormente em 0,38%) sobre os fluxos de investidor estrangeiro dirigidos a depósitos de margem para negociações no mercado futuro. A alíquota do IOF sobre os investimentos em ações foi mantido em 2% e os investimentos externos diretos (IED) continuam isentos.
Há certo consenso nas mesas de operações de que essas medidas adicionais do governo devem desestimular o fluxo de capital estrangeiro para aplicações de curto prazo, até um ano, no Brasil, porque comprometem a rentabilidade. De outro lado, devem estimular um aumento do prazo das aplicações de estrangeiros; aumento da rentabilidade bruta dos papéis prefixados; e migração das operações no mercado futuro BM&F para o mercado de balcão e derivativos no exterior, segundo apontou a LCA Consultores em boletim diário distribuído a clientes. Os analistas da LCA, entendem que o efeito de alta das medidas sobre o câmbio, no entanto, não deverá ter vida longa, pois os fundamentos que apreciaram o real continuam presentes, como o diferencial de juro interno e externo elevado, alto crescimento econômico e retorno sobre o capital mais elevado que nas economias desenvolvidas e percepção de risco baixa e caindo.
Nas operações de câmbio turismo, o dólar subiu 0,79% hoje para R$ 1,787 na ponta de venda e R$ 1,67 na compra. O euro turismo recuou 0,12% para R$ 2,45 (venda) e R$ 2,313 (compra).