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Dólar sobe a R$ 1,67 com quadro externo e leilões do BC

No leilão de swap cambial reverso hoje, o BC negociou o equivalente a US$ 855,3 milhões em contratos

Dólar comercial retomou a trajetória de alta, após dois dias seguidos de baixa (Alex Wong/Getty Images)

Dólar comercial retomou a trajetória de alta, após dois dias seguidos de baixa (Alex Wong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2011 às 18h32.

São Paulo - O dólar comercial retomou a trajetória de alta, após dois dias seguidos de baixa, influenciado pelo cenário internacional, onde a moeda norte-americana se valorizou em relação a boa parte das divisas. A alta do dólar hoje ainda foi potencializada pela nova atuação do Banco Central, que voltou a fazer um leilão de swap cambial reverso, além de duas intervenções no mercado à vista.

No fechamento das negociações no mercado interbancário de câmbio, o dólar comercial foi cotado a R$ 1,67, alta de 0,60%. A taxa máxima registrada durante os negócios hoje foi de R$ 1,671 e a mínima, R$ 1,663. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista subiu 0,55% e fechou o pregão a R$ 1,669. O euro comercial recuou 0,13% no dia, para R$ 2,275. No câmbio turismo, o dólar subiu 0,17% para R$ 1,763 (venda) e R$ 1,647 (compra); o euro turismo foi cotado em média a R$ 2,397 (venda) e R$ 2,25 (compra), variação de 0,71%.

No leilão de swap cambial reverso hoje, o BC negociou o equivalente a US$ 855,3 milhões em contratos. Foram ofertados 20 mil contratos, com três vencimentos, que somavam cerca de US$ 1 bilhão. "O BC tem atuado para manter a moeda próxima de R$ 1,67. Sempre que o dólar ameaça ficar muito abaixo disso, ele intervém", lembrou uma fonte.

O swap cambial reverso é um contrato feito entre o BC e instituições financeiras no mercado futuro. O swap vem do inglês "troca". Nesse caso, é feita uma troca de rentabilidades: dólar por juro. No período de vigência do contrato, o BC ganha a variação do dólar, a ser paga pelos bancos. As instituições financeiras, por sua vez, ficam com a remuneração da taxa Selic, que será bancada pelo governo. Como o BC fica com a variação do dólar, seja ela positiva ou negativa, a colocação desses contratos equivale à compra da moeda pelo BC. Por essa característica, swaps reversos podem elevar as cotações do dólar.

Depois de ter atuado por meio dos derivativos, a autoridade monetária fez também os dois habituais leilões de compra de dólar no mercado à vista. Na primeira operação, a taxa de corte das propostas ficou em R$ 1,6683. Na última, já na hora final da sessão, o corte foi de R$ 1,6697.

As reservas internacionais do País ultrapassaram ontem, pela primeira vez, a marca de US$ 300 bilhões. De acordo com dados divulgados pelo BC, as reservas subiram US$ 478 milhões de terça para quarta-feira, atingindo um total de US$ 300,271 bilhões.

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