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Dólar sobe 1% ante real após respiro da véspera

Às 10h18, a moeda norte-americana subia 1 por cento, a 2,8492 reais na venda, após acumular alta de quase 5 por cento neste mês até a véspera


	Às 10h18, a moeda norte-americana subia 1 por cento, a 2,8492 reais na venda, após acumular alta de quase 5 por cento neste mês até a véspera
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Às 10h18, a moeda norte-americana subia 1 por cento, a 2,8492 reais na venda, após acumular alta de quase 5 por cento neste mês até a véspera (.)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2015 às 09h33.

São Paulo - O dólar avançava 1 por cento ante o real nesta sexta-feira, retomando a pressão vista durante a maior parte deste mês após dar um respiro na sessão passada, com investidores minimizando o bom humor nos mercados externos e focando na deterioração dos fundamentos macroeconômicos brasileiros.

Às 10h18, a moeda norte-americana subia 1 por cento, a 2,8492 reais na venda, após acumular alta de quase 5 por cento neste mês até a véspera, renovando as máximas em mais de uma década. Na sessão passada, o dólar havia recuado 1,85 por cento em relação ao real.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro desta sessão estava em torno de 950 mil dólares. Analistas ressaltavam que, no Brasil, as movimentações da moeda eram acentuadas pelo baixo volume de negócios, com alguns operadores afastados das mesas na véspera do feriado prolongado de Carnaval.

Alguns investidores temiam que a perspectiva de contração econômica e inflação acima do teto da meta neste ano, somada à crise na Petrobras e ao possível racionamento de energia e água, possa provocar a perda do grau de investimento brasileiro, o que diminuía o apetite por ativos domésticos.

"Se não tivermos nenhuma marola, sobreviveremos a 2015. Mas se houver qualquer marolinha, o cenário se complica muito", disse o estrategista da corretora Coinvalores Paulo Celso Nepomuceno.

Por isso, o mercado doméstico se descolava do quadro externo, onde o acordo de cessar-fogo na Ucrânia e esperanças de um compromisso que resolva o impasse em torno da dívida da Grécia traziam alívio aos mercados financeiros, bem como dados melhores do que o esperado sobre a economia da zona do euro, destacadamente a Alemanha.

Investidores também seguiam atentos à política de intervenções do Banco Central brasileiro, que voltou a atrair atenções com a pressão cambial recente. A dúvida é se o BC estenderá o programa de intervenções diárias, marcado para durar "pelo menos" até 31 de março.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 2 mil swaps cambiais pelas rações diárias, com volume correspondente a 97,8 milhões de dólares. Foram vendidos 600 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.400 contratos para 1º de fevereiro de 2016.

O BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de março, que equivalem a 10,438 bilhões de dólares, com oferta de até 13 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 54 por cento do lote total.

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