Dólar sobe 1,3% por exterior e resultado de leilão do BC
Movimento que impulsionou moeda norte-americana se intensificou com resultado do leilão de swap feito pelo BC, que não vendeu os 10 mil contratos oferecidos
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2013 às 17h28.
São Paulo - Após duas sessões em queda, o dólar subiu de forma consistente ante o real nesta quarta-feira, 25, influenciado por fatores externos e internos.
As preocupações com a situação fiscal dos Estados Unidos e com o futuro da política de estímulos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) impulsionaram a moeda norte-americana em todo mundo.
No Brasil, o movimento se intensificou com o resultado do leilão de swap (equivalente à venda de moeda no mercado futuro) feito pelo Banco Central (BC), que não vendeu os 10 mil contratos oferecidos. Para profissionais do mercado, ao recusar o lote integral, o BC sinalizou que não está disposto a vender dólares a qualquer preço e que pode estar satisfeito com um dólar acima de R$ 2,20.
O dólar à vista negociado no balcão encerrou o dia em alta de 1,37%, a R$ 2,227. A moeda permaneceu em terreno positivo toda a sessão. Na mínima, atingiu R$ 2,2060 (+0,41%) e, na máxima, marcou R$ 2,2340 (+1,68%). No mercado futuro, o dólar para outubro subia 1,16%, a R$ 2,2300.
Pela manhã, em meio às negociações no Congresso dos EUA para aprovação do Orçamento do ano fiscal de 2014, o dólar subia ante moedas de países exportadores de commodities, como o Brasil. As discussões têm gerado receios no mercado financeiro, já que o ano fiscal começa em 1º de outubro e a não aprovação pode significar uma paralisação do governo dos EUA.
Neste cenário, o BC brasileiro fez mais um leilão de swap cambial, dentro da programação de oferta diária anunciada em 22 de agosto. Mas, pela primeira vez no programa, a autoridade monetária fechou negócio parcialmente: o BC vendeu 9.650 dos 10 mil contratos oferecidos, injetando US$ 480,1 milhões no sistema.
"O leilão foi um sinal para o mercado", comentou um operador da mesa de câmbio de um grande banco. "O mercado entendeu o resultado como uma sinalização de que o BC não venderia mais moeda a qualquer preço."
Segundo o profissional, ao utilizar um corte maior no leilão, o BC também pode estar sugerindo que uma moeda acima do patamar visto na véspera - quando encerrou a R$ 2,1970 - "seria suficiente". "Se o mercado tentar ir para abaixo disso, o BC pode administrar a cotação com os leilões", acrescentou. "Me parece que, ontem, o pessoal estava forçando na venda, mas com o resultado de hoje entendeu que o BC vai administrar a moeda acima disso."
No início da tarde, o mercado também observou as falas do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e da presidente Dilma Rousseff, em evento para investidores em Nova York. Embora todos tenham abordado a questão cambial, os comentários não influenciaram diretamente as cotações.
São Paulo - Após duas sessões em queda, o dólar subiu de forma consistente ante o real nesta quarta-feira, 25, influenciado por fatores externos e internos.
As preocupações com a situação fiscal dos Estados Unidos e com o futuro da política de estímulos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) impulsionaram a moeda norte-americana em todo mundo.
No Brasil, o movimento se intensificou com o resultado do leilão de swap (equivalente à venda de moeda no mercado futuro) feito pelo Banco Central (BC), que não vendeu os 10 mil contratos oferecidos. Para profissionais do mercado, ao recusar o lote integral, o BC sinalizou que não está disposto a vender dólares a qualquer preço e que pode estar satisfeito com um dólar acima de R$ 2,20.
O dólar à vista negociado no balcão encerrou o dia em alta de 1,37%, a R$ 2,227. A moeda permaneceu em terreno positivo toda a sessão. Na mínima, atingiu R$ 2,2060 (+0,41%) e, na máxima, marcou R$ 2,2340 (+1,68%). No mercado futuro, o dólar para outubro subia 1,16%, a R$ 2,2300.
Pela manhã, em meio às negociações no Congresso dos EUA para aprovação do Orçamento do ano fiscal de 2014, o dólar subia ante moedas de países exportadores de commodities, como o Brasil. As discussões têm gerado receios no mercado financeiro, já que o ano fiscal começa em 1º de outubro e a não aprovação pode significar uma paralisação do governo dos EUA.
Neste cenário, o BC brasileiro fez mais um leilão de swap cambial, dentro da programação de oferta diária anunciada em 22 de agosto. Mas, pela primeira vez no programa, a autoridade monetária fechou negócio parcialmente: o BC vendeu 9.650 dos 10 mil contratos oferecidos, injetando US$ 480,1 milhões no sistema.
"O leilão foi um sinal para o mercado", comentou um operador da mesa de câmbio de um grande banco. "O mercado entendeu o resultado como uma sinalização de que o BC não venderia mais moeda a qualquer preço."
Segundo o profissional, ao utilizar um corte maior no leilão, o BC também pode estar sugerindo que uma moeda acima do patamar visto na véspera - quando encerrou a R$ 2,1970 - "seria suficiente". "Se o mercado tentar ir para abaixo disso, o BC pode administrar a cotação com os leilões", acrescentou. "Me parece que, ontem, o pessoal estava forçando na venda, mas com o resultado de hoje entendeu que o BC vai administrar a moeda acima disso."
No início da tarde, o mercado também observou as falas do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e da presidente Dilma Rousseff, em evento para investidores em Nova York. Embora todos tenham abordado a questão cambial, os comentários não influenciaram diretamente as cotações.