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Dólar sobe 0,64% após dois leilões de compra do BC

Por Rosangela Dolis São Paulo - Pressionado pelas compras do Banco Central (BC) no segundo leilão do dia o dólar comercial saltou para a máxima intraday de R$ 1,7300, em alta de 0,70%. Acabou desacelerando um pouco na última meia hora de negócios, mas ainda fechou em alta expressiva, de 0,64%, a R$ 1,7290 no […]

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2010 às 14h17.

Por Rosangela Dolis

São Paulo - Pressionado pelas compras do Banco Central (BC) no segundo leilão do dia o dólar comercial saltou para a máxima intraday de R$ 1,7300, em alta de 0,70%. Acabou desacelerando um pouco na última meia hora de negócios, mas ainda fechou em alta expressiva, de 0,64%, a R$ 1,7290 no mercado interbancário de câmbio. No mês a divisa acumula queda de 1,54% e no ano, -0,80%. Na BM&F, o dólar pronto subiu hoje 0,74%, para R$ 1,7292. O euro comercial registrou alta de 0,67% a R$ 2,256.

O movimento de valorização da divisa norte-americana começou no início da tarde, quando a moeda arrancou rapidamente do zero a zero para uma alta de 0,58%. Como motivo para a disparada, os agentes identificaram um fluxo menor da moeda norte-americana para o País hoje, associado a compras por importadores, que aproveitam o preço da moeda em nível baixo e se previnem contra eventual atuação do governo para fortalecer do dólar.

A explicação de liquidez mais estreita para o avanço do dólar faz sentido diante da esticada da cotação após o segundo leilão de compra realizado pelo BC. Em um mercado que já estava mais enxuto de dólares, a atuação do BC reduziu ainda mais a oferta e sustentou o preço.

A valorização do dólar ante o real foi na contramão do exterior, onde, em um cenário mais otimista em relação à recuperação da economia global e de alta das bolsas, o dólar começou a semana perdendo força, caindo ante o euro.

O fôlego do dólar surge ainda num cenário em que persistem receios de que o governo torne mais agressiva sua estratégia para controlar a valorização do real diante do fluxo positivo proporcionado pela capitalização da Petrobras e por captações externas corporativas. Desde 8 de setembro, o BC passou a fazer dois leilões diários de compra da moeda norte-americana, em vez de um. Ainda assim, as expectativas de fluxo positivo, sobretudo em razão da capitalização da Petrobras, continuam dando tendência de queda para o dólar.

Internamente, a semana começou com a novidade de que a partir de hoje os leilões de compra de dólares pelo BC passam a ter duração de 5 minutos, e não mais de 10 minutos. O BC avisou o mercado de câmbio sobre a mudança, por meio do Sisbacen, na sexta-feira. O primeiro leilão de hoje, no meio do dia, ainda teve duração de 10 minutos, mas, segundo explicou o BC por meio de sua assessoria de imprensa, isso ocorreu por erro de sistema. Assim, o segundo leilão, no meio da tarde, já teve a duração mais curta. No primeiro leilão, entre 12h02 e 12h12, a taxa de corte definida foi de R$ 1,7178. No segundo, entre 15h57 e 16h02, a taxa de corte foi a R$ 1,7274.

Câmbio turismo

Nas operações de câmbio turismo, o dólar fechou em alta de 0,93% e foi negociado em média à R$ 1,837 na ponta de venda e a R$ 1,703 na compra. O euro turismo subiu 0,72% a R$ 2,37 (venda) e R$ 2,21 (compra).

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