Exame Logo

Dólar sobe 0,51% ante real, de olho em FED

Moeda fechou em alta ante o real nesta sexta-feira, após subir mais de 1% e encostar em 2,35 reais

Cédulas de dólar: máxima do dia chegou a disparar 1,73 por cento, a 2,3465 reais, movimento que perdeu força na parte final do pregão por correções (Juan Barreto/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 16h27.

São Paulo - O dólar fechou em alta ante o real nesta sexta-feira, após subir mais de 1 por cento e encostar em 2,35 reais, sob a expectativa de que o programa de estímulos do banco central dos Estados Unidos possa começar a ser reduzido em breve diante de dados positivos sobre o mercado de trabalho norte-americano.

O dólar avançou 0,51 por cento, a 2,3185 reais na venda. Na máxima do dia chegou a disparar 1,73 por cento, a 2,3465 reais, movimento que perdeu força na parte final do pregão por correções. Na semana, o dólar acumulou alta de 2,71 por cento ante o real.

Segundo dados da BM&F, o volume de negociação ficou em cerca de 1,2 bilhão de dólares.

"Ao que parece, o Fed está prestes a diminuir o programa de estímulo. Isso deixa o mercado nervoso", disse o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.

Pela manhã, dados melhores do que o esperado sobre o emprego nos Estados Unidos levaram o dólar a registrar forte alta ante o real. A criação de empregos nos EUA acelerou inesperadamente em outubro, apesar da paralisação temporária do governo. Os empregadores abriram 204 mil novas vagas no mês passado, bem acima de expectativa de pesquisa da Reuters de criação de 125 mil postos de trabalho.

"Os índices norte-americanos estão dando o tom do mercado", afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. "O pessoal estava esperando a divulgação do 'payroll' para tomar suas decisões e, agora que ele saiu melhor que o esperado, voltaram as perspectivas de que o Fed irá antecipar a redução dos estímulos para dezembro", acrescentou.

Os dados do mercado de trabalho são uma das principais variáveis econômicas que o Fed analisa para direcionar seus próximos passos de política monetária. Hoje, ele injeta 85 bilhões de dólares por mês para estimular na economia norte-americana, e parte destes recursos costuma migrar para países emergentes em busca de rendimentos maiores.

Com os sinais de recuperação da maior economia do mundo, crescem as apostas de que o banco central do país vai começar a retirar seus estímulos em breve, ainda neste ano, o que diminuirá a liquidez nos mercados.

FISCAL BRASILEIRO A apreensão com a situação fiscal brasileira também vem pesando sobre os mercados, uma vez que contamina o país aos olhos dos investidores. Na quinta-feira passada, foi divulgado o resultado primário de setembro do setor público consolidado, com déficit recorde de 9 bilhões de reais e que colocou em xeque até mesmo o cumprimento da meta ajustada deste ano, de 2,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

De lá para cá, o dólar registrou fortes altas diárias, influenciando também o mercado de juros futuros pelo seu potencial inflacionário.

Mesmo assim, especialistas ainda não acreditam que o Banco Central brasileiro possa ampliar a sua atuação no mercado de câmbio para evitar mias altas nos preços.

"Se o BC entrasse de novo no mercado seria bom, mas acho difícil ele fazer isso, até porque ele já oferta os leilões diários", afirmou o operador de câmbio da B&T Corretora Marcos Trabbold. "O dólar muito alto é inflacionário, o que prejudica o Brasil, por isso acho que o BC deveria entrar" Nesta manhã, o BC realizou mais um leilão de linha previsto em seu cronograma de atuações diárias, com a venda de até 1 bilhão de dólares com taxa de recompra de R$2,347416 em 4 de fevereiro de 2014.

Veja também

São Paulo - O dólar fechou em alta ante o real nesta sexta-feira, após subir mais de 1 por cento e encostar em 2,35 reais, sob a expectativa de que o programa de estímulos do banco central dos Estados Unidos possa começar a ser reduzido em breve diante de dados positivos sobre o mercado de trabalho norte-americano.

O dólar avançou 0,51 por cento, a 2,3185 reais na venda. Na máxima do dia chegou a disparar 1,73 por cento, a 2,3465 reais, movimento que perdeu força na parte final do pregão por correções. Na semana, o dólar acumulou alta de 2,71 por cento ante o real.

Segundo dados da BM&F, o volume de negociação ficou em cerca de 1,2 bilhão de dólares.

"Ao que parece, o Fed está prestes a diminuir o programa de estímulo. Isso deixa o mercado nervoso", disse o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.

Pela manhã, dados melhores do que o esperado sobre o emprego nos Estados Unidos levaram o dólar a registrar forte alta ante o real. A criação de empregos nos EUA acelerou inesperadamente em outubro, apesar da paralisação temporária do governo. Os empregadores abriram 204 mil novas vagas no mês passado, bem acima de expectativa de pesquisa da Reuters de criação de 125 mil postos de trabalho.

"Os índices norte-americanos estão dando o tom do mercado", afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. "O pessoal estava esperando a divulgação do 'payroll' para tomar suas decisões e, agora que ele saiu melhor que o esperado, voltaram as perspectivas de que o Fed irá antecipar a redução dos estímulos para dezembro", acrescentou.

Os dados do mercado de trabalho são uma das principais variáveis econômicas que o Fed analisa para direcionar seus próximos passos de política monetária. Hoje, ele injeta 85 bilhões de dólares por mês para estimular na economia norte-americana, e parte destes recursos costuma migrar para países emergentes em busca de rendimentos maiores.

Com os sinais de recuperação da maior economia do mundo, crescem as apostas de que o banco central do país vai começar a retirar seus estímulos em breve, ainda neste ano, o que diminuirá a liquidez nos mercados.

FISCAL BRASILEIRO A apreensão com a situação fiscal brasileira também vem pesando sobre os mercados, uma vez que contamina o país aos olhos dos investidores. Na quinta-feira passada, foi divulgado o resultado primário de setembro do setor público consolidado, com déficit recorde de 9 bilhões de reais e que colocou em xeque até mesmo o cumprimento da meta ajustada deste ano, de 2,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

De lá para cá, o dólar registrou fortes altas diárias, influenciando também o mercado de juros futuros pelo seu potencial inflacionário.

Mesmo assim, especialistas ainda não acreditam que o Banco Central brasileiro possa ampliar a sua atuação no mercado de câmbio para evitar mias altas nos preços.

"Se o BC entrasse de novo no mercado seria bom, mas acho difícil ele fazer isso, até porque ele já oferta os leilões diários", afirmou o operador de câmbio da B&T Corretora Marcos Trabbold. "O dólar muito alto é inflacionário, o que prejudica o Brasil, por isso acho que o BC deveria entrar" Nesta manhã, o BC realizou mais um leilão de linha previsto em seu cronograma de atuações diárias, com a venda de até 1 bilhão de dólares com taxa de recompra de R$2,347416 em 4 de fevereiro de 2014.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMoedas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame