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Dólar sobe 0,43% e BC volta a atuar no mercado à vista

A divisa norte-americana registrou alta de 0,43 por cento, a 1,8184 real na venda, oscilando entre 1,8141 real na mínima do dia e a máxima de 1,8366 real

A Moody's também disse que a aprovação no Congresso do aumento do limite do endividamento no dia 2 de agosto é um "passo dado numa boa direção, o da redução do déficit" ( Karen Bleier/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2012 às 17h45.

São Paulo - O dólar fechou em alta nesta terça-feira, aproximando-se de 1,82 real, mas perdeu força ao longo da sessão. Diante dessa oscilação, o Banco Central voltou a atuar no mercado com um leilão de compra de dólares à vista durante à tarde.

A divisa norte-americana registrou alta de 0,43 por cento, a 1,8184 real na venda, oscilando entre 1,8141 real na mínima do dia e a máxima de 1,8366 real.

Para profissionais, a volta da atuação do BC no mercado, além de provavelmente ter sido estimulada pela identificação de mais fluxo durante à tarde, também mostra que a autoridade monetária não quer que o mercado acredite que há um piso em 1,80 real para o dólar e que a sua atuação fique previsível.

Na última sexta-feira, por exemplo, o BC também realizou apenas um leilão de compra de dólares, mas quando a moeda chegou a ficar abaixo de 1,80 real, causando a impressão no mercado que esse seria o patamar em que poderia voltar a intervir. Na segunda-feira, o BC ficou de fora do mercado.

"Ele mostrou que não existe piso ou número mágico para começar a intervir e isso é até saudável para que mercado não fique viciado e ganhe em cima disso", afirmou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel.


O diretor de tesouraria do Banco Prosper, Jorge Knauer, concorda e acredita que o BC quer causar maior incerteza. "Para ele ter atuado com o dólar em alta e um pouco acima do que comprou em momentos anteriores, pode ter mais a ver com a estratégia de não fazer o mercado perceber de que ele tem um piso", disse.

A moeda já abriu a sessão com alta de mais de 1 por cento nesta terça-feira, influenciada principalmente pelo mercado externo, que teve um dia negativo e com bolsas em queda em função da preocupação com a desaceleração da economia chinesa.

A mineradora anglo-australiana BHP Billiton sinalizou que a demanda do gigante asiático por minério de ferro está diminuindo.

O mercado local continua de olho também na possibilidade de o governo tomar mais ações para evitar valorização excessiva do real frente ao dólar. Tanto a presidente Dilma Rousseff, quando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já deixaram claro que o arsenal do governo para isso é bastante amplo.

O dólar também subiu ante outras moedas no mercado internacional, mas reduziu ganhos durante o dia, acompanhando alguma melhora do ambiente externo. Em relação a uma cesta de moedas, o dólar subia 0,22 por cento, enquanto o euro tinha perdas de cerca de 0,15 por cento, cotado a 1,3220 dólar.

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São Paulo - O dólar fechou em alta nesta terça-feira, aproximando-se de 1,82 real, mas perdeu força ao longo da sessão. Diante dessa oscilação, o Banco Central voltou a atuar no mercado com um leilão de compra de dólares à vista durante à tarde.

A divisa norte-americana registrou alta de 0,43 por cento, a 1,8184 real na venda, oscilando entre 1,8141 real na mínima do dia e a máxima de 1,8366 real.

Para profissionais, a volta da atuação do BC no mercado, além de provavelmente ter sido estimulada pela identificação de mais fluxo durante à tarde, também mostra que a autoridade monetária não quer que o mercado acredite que há um piso em 1,80 real para o dólar e que a sua atuação fique previsível.

Na última sexta-feira, por exemplo, o BC também realizou apenas um leilão de compra de dólares, mas quando a moeda chegou a ficar abaixo de 1,80 real, causando a impressão no mercado que esse seria o patamar em que poderia voltar a intervir. Na segunda-feira, o BC ficou de fora do mercado.

"Ele mostrou que não existe piso ou número mágico para começar a intervir e isso é até saudável para que mercado não fique viciado e ganhe em cima disso", afirmou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel.


O diretor de tesouraria do Banco Prosper, Jorge Knauer, concorda e acredita que o BC quer causar maior incerteza. "Para ele ter atuado com o dólar em alta e um pouco acima do que comprou em momentos anteriores, pode ter mais a ver com a estratégia de não fazer o mercado perceber de que ele tem um piso", disse.

A moeda já abriu a sessão com alta de mais de 1 por cento nesta terça-feira, influenciada principalmente pelo mercado externo, que teve um dia negativo e com bolsas em queda em função da preocupação com a desaceleração da economia chinesa.

A mineradora anglo-australiana BHP Billiton sinalizou que a demanda do gigante asiático por minério de ferro está diminuindo.

O mercado local continua de olho também na possibilidade de o governo tomar mais ações para evitar valorização excessiva do real frente ao dólar. Tanto a presidente Dilma Rousseff, quando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já deixaram claro que o arsenal do governo para isso é bastante amplo.

O dólar também subiu ante outras moedas no mercado internacional, mas reduziu ganhos durante o dia, acompanhando alguma melhora do ambiente externo. Em relação a uma cesta de moedas, o dólar subia 0,22 por cento, enquanto o euro tinha perdas de cerca de 0,15 por cento, cotado a 1,3220 dólar.

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