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Dólar sobe 0,18% ante o real, com novo dia de remessas

Moeda fechou cotada a 2,3426 reais na venda, depois de chegar a 2,3255 reais na mínima do dia e a 2,3517 reais na máxima


	Notas de dólar: segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,3 bilhão de dólares
 (Getty Images)

Notas de dólar: segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,3 bilhão de dólares (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 16h41.

São Paulo - O dólar fechou com leve alta ante o real nesta quinta-feira, depois de algum sobe e desce, com o mercado ainda atento aos próximos sinais sobre o programa de estímulo monetário que o Federal Reserve, banco central norte-americano, pode dar na próxima semana e também com empresas aproveitando para remeter divisas ao exterior.

O dólar avançou 0,18 por cento, a 2,3426 reais na venda, depois de chegar a 2,3255 reais na mínima do dia e a 2,3517 reais na máxima. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,3 bilhão de dólares.

"O mercado está bem volátil hoje... O dólar subiu muito ontem e isso contribui para esse avanço forte não se sustentar", afirmou o operador de um importante banco nacional.

A divisa dos Estados Unidos subiu mais de 1 por cento ante o real na sessão anterior, em um movimento de ajuste após a sequência de quatro quedas, que a levou de volta ao patamar de 2,30 reais.

Na primeira parte do pregão desta quinta-feira, o dólar recuou para níveis mais atrativos para as empresas fazerem remessas, segundo o operador de câmbio de uma corretora internacional. Com isso, a queda perdeu fôlego e passou a subir. "Fim de ano tem mais consumo de dólar para essas operações", disse.

A virada do dólar ocorreu em meio à expectativa dos investidores sobre o desempenho da economia dos Estados Unidos. Mais cedo, foi divulgado que os pedidos de auxílio-desemprego no país tiveram forte alta na semana passada, enquanto as vendas no varejo avançaram 0,7 por cento em novembro. Os dados dão sinais mistos sobre o futuro da política monetária norte-americano.


"Houve dois momentos após a divulgação dos números dos EUA: primeiro, o dólar arriscou uma alta mais forte e depois, perdeu um pouco de fôlego", afirmou o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

O Fed se reúne na próxima semana e, na mesa, estará a possibilidade de diminuir o valor de 85 bilhões de dólares que são comprados mensalmente em títulos da dívida e hipotecários para estimular a maior economia do mundo. Apesar de a maioria de economistas acreditar que a redução ocorrerá apenas em março, cresceram as apostas para dezembro.

"Como na semana que vem teremos o último encontro do Fed (do ano), o mercado avalia quando ele começará a reduzir seus estímulos", afirmou o gerente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.

E não só o mercado aguarda essa reunião. O presidente do BC brasileiro, Alexandre Tombini, afirmou na terça-feira que no fim da próxima semana serão divulgados os ajustes no programa de intervenção no câmbio, que será estendido para 2014.

A forte presença do BC no mercado de câmbio também contribuiu para a queda no início da sessão e evitou altas maiores depois. Nesta manhã, o BC realizou mais uma etapa de seu programa de intervenções diárias, com a venda de 4 mil contratos com vencimento em 5 de março e 6 mil contratos de swap cambial tradicional com vencimento em 2 de junho de 2014. O volume financeiro foi de 497,2 milhões de dólares.

À tarde, o BC vendeu ainda a oferta integral de 20 mil swaps cambiais na quarta etapa de rolagem dos contratos que vencem em janeiro. Com as operações já feitas, a autoridade monetária já rolou cerca de 40 por cento do lote total, equivalente a 9,93 bilhões de dólares.

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