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Dólar se mantém abaixo de 100 ienes

O dólar, após atingir 99,88 ienes no fim dos negócios em Nova York ontem, seu maior nível em quatro anos, recuou para menos de 99,50 ienes e tem mostrado dificuldades para avançar


	Às 9h23 (de Brasília), o euro era negociado a US$ 1,3119, ante US$ 1,3070 no fim da tarde de ontem em Nova York, mas caía ligeiramente para 130,44 ienes, de 130,45 ienes
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Às 9h23 (de Brasília), o euro era negociado a US$ 1,3119, ante US$ 1,3070 no fim da tarde de ontem em Nova York, mas caía ligeiramente para 130,44 ienes, de 130,45 ienes (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2013 às 10h20.

São Paulo - A moeda japonesa se mantém sustentada nos negócios da Europa, com o dólar operando abaixo da marca de 100 ienes, enquanto divisas de alto rendimento e ligadas a commodities, como é o caso do dólar australiano, mostram um bom desempenho.

O dólar, após atingir 99,88 ienes no fim dos negócios em Nova York ontem, seu maior nível em quatro anos, recuou para menos de 99,50 ienes e tem mostrado dificuldades para avançar.

Segundo dados do Ministério de Finanças do Japão, os investidores locais venderam 1,14 trilhão de ienes (US$ 11,4 bilhões) líquidos em bônus e títulos estrangeiros na primeira semana do ano fiscal, entre 31 de março e 6 de abril. Esta foi a quarta semana seguida de vendas de dívida.

"A alta implacável (do dólar ante o iene) pode ser interrompida temporariamente hoje em meio à realização de lucros e após números do (governo japonês) mostrarem que os investidores japoneses ficaram vendidos em dívida estrangeira (na semana passada", comentou Arne Lohmann Rasmussen, analista-chefe do Danske Bank.

O dado semanal parece ter contrariado expectativas de que as medidas agressivas de política monetária recentemente adotadas pelo Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) tenham disparado uma onda de compras de ativos estrangeiros de alto rendimento por japoneses, em especial na Europa.


Já moedas que oferecem retorno maior mantiveram o rali hoje, com o dólar australiano subindo a seu maior valor em três meses ante o dólar norte-americano, apesar da divulgação de números decepcionantes do mercado de trabalho na Austrália, enquanto o dólar da Nova Zelândia atingiu o nível mais alto ante a moeda dos EUA desde agosto de 2011.

O avanço dessas moedas, no entanto, não tem a ver com fluxos vindos de contas japonesas, segundo Nick Parsons, estrategista-chefe de câmbio do National Australia Bank em Londres. "Não estamos vendo nenhum sinal de fluxos (do Japão) para ativos australianos e eu também não tenho expectativa de que isso ocorra. Está muito cedo e os investidores japoneses não se mexem com muita rapidez", comentou.

Para Parsons, os dólares australiano e neozelandês são sustentados pelas taxas de juros relativamente altas de seus países, expectativas de crescimento robusto e pela distância geográfica da zona do euro.

O euro também opera no nível mais alto ante o dólar em um mês, impulsionado pelo tom relativamente otimista nos mercados, com as ações avançando na Europa, e por mais um leilão de bônus bem-sucedido na Itália.

Às 9h23 (de Brasília), o euro era negociado a US$ 1,3119, ante US$ 1,3070 no fim da tarde de ontem em Nova York, mas caía ligeiramente para 130,44 ienes, de 130,45 ienes.

Frente à moeda japonesa, o dólar recuava para 99,43 ienes, de 99,80 ienes ontem. A libra avançava para US$ 1,5398, de US$ 1,5326 ontem. O índice Wall Street Journal do dólar, que acompanha seu desempenho ante uma cesta de divisas, estava em 73,449, em comparação a 73,707 ontem. As informações são da Dow Jones.

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