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Dólar reverte alta com ação do BC no nível de R$ 1,90

Intervenções do Banco Central, anunciadas após o dólar chegar a R$ 1,90, têm suscitado considerações sobre um possível limite para a moeda americana

Ontem, o BC realizou leilão de swap quando o dólar ultrapassou R$ 1,90 e anunciou outro para hoje, após a moeda voltar a essa cotação (Karen Bleier/AFP)

Ontem, o BC realizou leilão de swap quando o dólar ultrapassou R$ 1,90 e anunciou outro para hoje, após a moeda voltar a essa cotação (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2011 às 11h50.

São Paulo - O dólar reverteu a alta registrada na maior parte da manhã e cai antes do segundo leilões de swap em dois dias realizados pelo Banco Central. As intervenções da autoridade monetária, anunciadas após o dólar chegar a R$ 1,90, têm suscitado considerações sobre um possível limite para a moeda americana.

O dólar caia 0,3 por cento, para R$ 1,8847, às 11:25, após atingir máxima de R$ 1,9011 mais cedo. No exterior, as bolsas caem pelo terceiro dia com receio de agravamento da crise europeia. Os papéis de bancos lideram as perdas. O índice DAX da bolsa alemã chegou a cair 3,7 por cento. Commodities como o petróleo e o cobre recuam, enquanto o ouro sobe.

Ontem, o BC realizou leilão de swap quando o dólar ultrapassou R$ 1,90 e anunciou outro para hoje, após a moeda voltar a essa cotação. No leilão de hoje, a autoridade monetária vai ofertar até 30.000 contratos com vencimento em novembro de 2011 e 12.375 para janeiro, 39.450 para abril e 8.700 para julho de 2012.

“Tudo leva a crer que o BC não fica confortável quando o dólar rompe os R$ 1,90”, disse Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos, em entrevista por telefone de São Paulo. “Uma desvalorização mais forte do real poderia prejudicar a inflação.”

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse em entrevista coletiva ontem acreditar que o real ficará “menos valorizado permanentemente”.

Segundo Mantega, não há um patamar ideal para o câmbio. Ele disse não saber em que cotação o real ficará e que não é o momento para retirar o Imposto sobre Operações Financeiras.

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