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Dólar retoma patamar de R$ 1,80

São Paulo - Em um dia sem indicadores na agenda tanto doméstica quanto internacional, o mercado financeiro preferiu estender para esta sexta-feira a cautela adotada desde ontem em relação aos ativos de risco. A delicada situação financeira da Grécia continua sem solução à vista, enquanto a Índia surpreendeu hoje os mercados ao decidir elevar os […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - Em um dia sem indicadores na agenda tanto doméstica quanto internacional, o mercado financeiro preferiu estender para esta sexta-feira a cautela adotada desde ontem em relação aos ativos de risco. A delicada situação financeira da Grécia continua sem solução à vista, enquanto a Índia surpreendeu hoje os mercados ao decidir elevar os juros de referência da economia pela primeira vez desde julho de 2008, e como o país é grande consumidor de metais e matérias-primas (commodities), a medida afetou o humor das bolsas e contribuiu para fortalecer o dólar.

No mercado à vista, o dólar negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fechou a R$ 1,7965, alta de 0,56% no dia. No mercado interbancário de câmbio, o dólar comercial subiu 0,84% e voltou ao patamar de R$ 1,80 - a R$ 1,801 no fechamento, maior taxa desde 26 de fevereiro, quando fechou a R$ 1,806. Na semana o dólar teve apreciação de 2,21% e no ano acumula alta de 3,33%.

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"Na falta de pontos de referência mais sólidos o mercado pode tentar requentar velhos temores, entre estes o onipresente medo do calote grego. Após rodadas de boas intenções entre gregos e europeus, agora é chegada a hora da verdade; quem e como será feita a reengenharia do fluxo de caixa daquele país", opinaram economistas da Gradual Investimentos em seu relatório diário.

O investidor fica ainda mais ansioso pela proximidade do encontro dos líderes da União Europeia, que devem se reunir nos dias 25 e 26 de março em Bruxelas. E também porque sabe que a Grécia tem compromissos próximos de 20 bilhões de euros vencendo nos próximos dois meses.

"O dólar sobe como reflexo da falta de segurança com a Grécia", afirmou Paulo Petrassi, gerente de investimentos em renda fixa da Leme Investimentos. Segundo ele, o fato do Banco Central brasileiro estar se mostrando mais agressivo na compra de dólares neste mês de março também deixa o câmbio mais pressionado.

Os dados da segunda semana de março, divulgados na última quarta-feira, mostram que a média diária de compras pela autoridade monetária foi de US$ 145 milhões entre os dias 8 e 12, bem maior que os US$ 19,4 milhões de fevereiro. Hoje, o BC, que compra moeda diariamente desde 8 de maio do ano passado, realizou leilão no final da manhã e fixou a taxa de corte em R$ 1,7953.

No segmento de câmbio turismo, o dólar subiu 1,61% para R$ 1,893 (venda) e R$ 1,76 (compra). O euro turismo avançou 1,98% no dia para R$ 2,577 (venda) e R$ 2,41 (compra).

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