Exame Logo

Dólar reduz queda e tem leves variações ante real

Ainda assim, o real era a moeda com melhor desempenho na América Latina, mantendo a tendência da semana passada

Dólares: ainda assim, o real era a moeda com melhor desempenho na América Latina, mantendo a tendência da semana passada (Thinkstock/Ingram Publishing)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de março de 2016 às 15h06.

São paulo - O dólar reduziu a queda e operava com leves variações frente ao real nesta terça-feira, sucumbindo ao ambiente de aversão a risco nos mercados globais diante da queda dos preços do petróleo e do fraco desempenho comercial na China.

Ainda assim, o real era a moeda com melhor desempenho na América Latina, mantendo a tendência da semana passada.

O tom positivo, no geral, tem predominado no mercado doméstico conforme cresce a percepção de que os escândalos de corrupção no âmbito da operação Lava Jato estariam elevando a chance de a presidente Dilma Rousseff não concluir seu mandato.

Às 13:04, o dólar recuava 0,08 por cento, a 3,7905 reais na venda, após recuar a 3,7595 reais na mínima da sessão e avançar a 3,8038 reais na máxima.

A moeda norte-americana subiu 0,88 por cento na sessão passada, em movimento de correção depois de marcar o maior tombo semanal desde 2008. O dólar futuro, que havia reduzido o avanço após o fechamento do mercado à vista na véspera, avançava cerca de 0,15 por cento nesta sessão.

"Os mercados globais estão sofrendo com a China e o petróleo, mas o real continua tendo desempenho melhor por causa do contexto político local", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

Os preços do petróleo voltaram a cair no fim da manhã após o Kuwait afirmar que concordará em congelar a produção apenas se os principais produtores da commodity participarem do acordo.

Relatório do Goldmans Sachs afirmando que o rali recente é prematuro e insustentável também pesou.

O pessimismo nos mercados globais vinha também em reação a dados mostrando que o desempenho comercial da China em fevereiro foi muito pior do que a expectativa de economistas.

"Ainda que o quadro pareça mais estável na China, com o governo sinalizando que adotará estímulos fiscais e monetários nos próximos meses, os dados recentes aumentaram a cautela dos investidores", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em nota a clientes.

No Brasil, porém, a pressão era limitada conforme investidores aguardavam novos desdobramentos no quadro político.

O tema impeachment voltou a crescer recentemente à medida que as investigações de corrupção no Brasil se aproximaram do governo, sobretudo após a operação Lava Jato ter chegado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no fim da semana passada.

"Mudou um pouco o tom do mercado local desde a semana passada. Se antes todo o mercado estava muito pessimista, agora algumas pessoas estão vendo motivo para vender (dólares)", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Alguns operadores acreditam que uma mudança no governo poderia ajudar na recuperação da credibilidade do Brasil com investidores. Outros ressaltam, porém, que a perspectiva de turbulências políticas representa forte entrave e não há garantia de que eventual troca resultaria em quadro mais favorável para a economia brasileira.

Nesta manhã, o BC promoveu mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em abril, vendendo a oferta total de 9,6 mil contratos. Ao todo, a autoridade monetária já rolou 2,723 bilhões de dólares, ou cerca de 27 por cento do lote total, que equivale a 10,092 bilhões de dólares. (Edição de Patrícia Duarte)

Veja também

São paulo - O dólar reduziu a queda e operava com leves variações frente ao real nesta terça-feira, sucumbindo ao ambiente de aversão a risco nos mercados globais diante da queda dos preços do petróleo e do fraco desempenho comercial na China.

Ainda assim, o real era a moeda com melhor desempenho na América Latina, mantendo a tendência da semana passada.

O tom positivo, no geral, tem predominado no mercado doméstico conforme cresce a percepção de que os escândalos de corrupção no âmbito da operação Lava Jato estariam elevando a chance de a presidente Dilma Rousseff não concluir seu mandato.

Às 13:04, o dólar recuava 0,08 por cento, a 3,7905 reais na venda, após recuar a 3,7595 reais na mínima da sessão e avançar a 3,8038 reais na máxima.

A moeda norte-americana subiu 0,88 por cento na sessão passada, em movimento de correção depois de marcar o maior tombo semanal desde 2008. O dólar futuro, que havia reduzido o avanço após o fechamento do mercado à vista na véspera, avançava cerca de 0,15 por cento nesta sessão.

"Os mercados globais estão sofrendo com a China e o petróleo, mas o real continua tendo desempenho melhor por causa do contexto político local", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

Os preços do petróleo voltaram a cair no fim da manhã após o Kuwait afirmar que concordará em congelar a produção apenas se os principais produtores da commodity participarem do acordo.

Relatório do Goldmans Sachs afirmando que o rali recente é prematuro e insustentável também pesou.

O pessimismo nos mercados globais vinha também em reação a dados mostrando que o desempenho comercial da China em fevereiro foi muito pior do que a expectativa de economistas.

"Ainda que o quadro pareça mais estável na China, com o governo sinalizando que adotará estímulos fiscais e monetários nos próximos meses, os dados recentes aumentaram a cautela dos investidores", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em nota a clientes.

No Brasil, porém, a pressão era limitada conforme investidores aguardavam novos desdobramentos no quadro político.

O tema impeachment voltou a crescer recentemente à medida que as investigações de corrupção no Brasil se aproximaram do governo, sobretudo após a operação Lava Jato ter chegado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no fim da semana passada.

"Mudou um pouco o tom do mercado local desde a semana passada. Se antes todo o mercado estava muito pessimista, agora algumas pessoas estão vendo motivo para vender (dólares)", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Alguns operadores acreditam que uma mudança no governo poderia ajudar na recuperação da credibilidade do Brasil com investidores. Outros ressaltam, porém, que a perspectiva de turbulências políticas representa forte entrave e não há garantia de que eventual troca resultaria em quadro mais favorável para a economia brasileira.

Nesta manhã, o BC promoveu mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em abril, vendendo a oferta total de 9,6 mil contratos. Ao todo, a autoridade monetária já rolou 2,723 bilhões de dólares, ou cerca de 27 por cento do lote total, que equivale a 10,092 bilhões de dólares. (Edição de Patrícia Duarte)

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresCâmbioDólarMoedas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame