Dólar recua em sintonia com exterior e fala de Tombini
Ao classificar as intervenções do BC no câmbio como "bem-sucedidas", Tombini reforçou a queda vista desde cedo
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2013 às 17h16.
São Paulo - Após duas sessões de ganhos, o dólar à vista negociado no balcão caiu ante o real nesta segunda-feira, 23, em sintonia com o exterior e influenciado por comentários do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini .
Ao classificar as intervenções do BC no câmbio como "bem-sucedidas", Tombini reforçou a queda vista desde cedo, após a divulgação de dados positivos de atividade na China. O giro no mercado à vista também foi maior do que no pregão anterior, com profissionais citando entrada de recursos no País.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,86% no balcão, a R$ 2,20. Na quarta-feira passada, 18, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciou a manutenção do programa de estímulos à economia, o dólar terminou abaixo de R$ 2,20 e nos dias seguintes teve correções em alta.
"Na quinta e na sexta-feira (da semana passada), houve ajustes técnicos, porque o dólar havia caído muito na quarta-feira, dia da decisão do Fed. Mas hoje a moeda retomou sua tendência de queda", comentou Waldir Kiel, economista da corretora H. Commcor DTVM. "O cenário mudou de uma forma benigna e os leilões do Banco Central continuam", acrescentou, justificando a baixa para o dólar.
Desde cedo, a moeda dos EUA se desvalorizou, acompanhando o movimento ante outras divisas de países ligados a commodities. O resultado preliminar do índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria chinesa, medido pelo HSBC, mostrou avanço de 50,1 em agosto para 51,2 em setembro - o nível mais alto em seis meses. Acima de 50, o dado indica expansão em relação ao mês anterior e, abaixo disso, contração.
A leitura mais forte sobre a atividade chinesa favoreceu a busca por moedas de países exportadores de commodities, como o real brasileiro, em detrimento do dólar. Internamente, a venda de 10 mil contratos de swap cambial (equivalente à venda de moeda no mercado futuro) injetou US$ 497,4 milhões no sistema, o que contribuiu para o movimento.
Os comentários de Tombini em teleconferência com jornalistas estrangeiros foram no mesmo sentido. Segundo ele, os esforços do BC para reduzir a volatilidade cambial tiveram êxito. "O Brasil tem uma estratégia clara para reduzir riscos, desde operações monetárias a financeiras e cambiais, que funcionaram para mitigar riscos durante períodos de estresse nos últimos meses", disse Tombini. "Acredito que fomos bem-sucedidos e estamos preparados para lidar com mais volatilidade adiante."
Na máxima da sessão, às 9h51, a moeda marcou R$ 2,2120 (-0,32%) e, na mínima, às 16h16, sob efeitos dos comentários do Tombini, no início da tarde, marcou R$ 2,1970 (-0,99%). Perto do fechamento, a moeda no balcão retomou os R$ 2,20. Às 16h46, o dólar para outubro tinha baixa de 0,52%, a R$ 2,2035.
São Paulo - Após duas sessões de ganhos, o dólar à vista negociado no balcão caiu ante o real nesta segunda-feira, 23, em sintonia com o exterior e influenciado por comentários do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini .
Ao classificar as intervenções do BC no câmbio como "bem-sucedidas", Tombini reforçou a queda vista desde cedo, após a divulgação de dados positivos de atividade na China. O giro no mercado à vista também foi maior do que no pregão anterior, com profissionais citando entrada de recursos no País.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,86% no balcão, a R$ 2,20. Na quarta-feira passada, 18, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciou a manutenção do programa de estímulos à economia, o dólar terminou abaixo de R$ 2,20 e nos dias seguintes teve correções em alta.
"Na quinta e na sexta-feira (da semana passada), houve ajustes técnicos, porque o dólar havia caído muito na quarta-feira, dia da decisão do Fed. Mas hoje a moeda retomou sua tendência de queda", comentou Waldir Kiel, economista da corretora H. Commcor DTVM. "O cenário mudou de uma forma benigna e os leilões do Banco Central continuam", acrescentou, justificando a baixa para o dólar.
Desde cedo, a moeda dos EUA se desvalorizou, acompanhando o movimento ante outras divisas de países ligados a commodities. O resultado preliminar do índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria chinesa, medido pelo HSBC, mostrou avanço de 50,1 em agosto para 51,2 em setembro - o nível mais alto em seis meses. Acima de 50, o dado indica expansão em relação ao mês anterior e, abaixo disso, contração.
A leitura mais forte sobre a atividade chinesa favoreceu a busca por moedas de países exportadores de commodities, como o real brasileiro, em detrimento do dólar. Internamente, a venda de 10 mil contratos de swap cambial (equivalente à venda de moeda no mercado futuro) injetou US$ 497,4 milhões no sistema, o que contribuiu para o movimento.
Os comentários de Tombini em teleconferência com jornalistas estrangeiros foram no mesmo sentido. Segundo ele, os esforços do BC para reduzir a volatilidade cambial tiveram êxito. "O Brasil tem uma estratégia clara para reduzir riscos, desde operações monetárias a financeiras e cambiais, que funcionaram para mitigar riscos durante períodos de estresse nos últimos meses", disse Tombini. "Acredito que fomos bem-sucedidos e estamos preparados para lidar com mais volatilidade adiante."
Na máxima da sessão, às 9h51, a moeda marcou R$ 2,2120 (-0,32%) e, na mínima, às 16h16, sob efeitos dos comentários do Tombini, no início da tarde, marcou R$ 2,1970 (-0,99%). Perto do fechamento, a moeda no balcão retomou os R$ 2,20. Às 16h46, o dólar para outubro tinha baixa de 0,52%, a R$ 2,2035.